Vamos ver era a alcunha de seu Guilherme.
Para tudo dizia: "Vamos ver".
"O que nós vamos comer hoje, papai?"
"Vamos ver".
Guilherme, nós vamos para a colônia?"
"Vamos ver".
"Seu Guilherme, o senhor promete dizer a verdade do que souber e lhe for perguntado sob pena de falso testemunho?"
"Vamos ver".
O juiz reagiu: "O quê, vamos ver? O senhor é obrigado a dizer a verdade, senão vou lhe prender. O senhor promete dizer a verdade?".
"Vamos ver".
Antes se ser preso por desacato, a mulher de seu Guilherme, muito culta, explicou ao magistrado.
"Meritíssimo, o Guilherme tem o apelido de "Vamos ver", desde criança sofre disso.
O "vamos ver" pode significar, dependendo da situação, várias respostas. Dúvida, afirmação ou negação, indefinição e embromação.
Nesse caso ele está afirmando, não prenda meu marido, por favor, ele vai dizer a verdade".
O juiz, compreensivamente, perguntou ao seu Guilherme: "É isso mesmo, seu Guilherme".
"Vamos ver".
Seu Guilherme não era doido da cabeça. Simplesmente tinha essa idéia fixa como resposta para tudo.
A causa, até hoje ninguém descobriu.
Penso eu que a origem deve está em algum passado muito remoto da vida de seu Guilherme. Só uma regressão as suas vidas préteritas pode decifrar tão complexo enigma.
2 comentários:
Vidas pretéritas. Éssa é uma idéia fascinante e poder regressar a elas deve ser uma viagem incrível. Pessoalmente acredito que já tive pelo menos umas três. E a mais feliz delas certamente se passou no século XIX, na França.
Você precisa urgentemente de uma saída.
Só JESUS nA SUA VIDA.
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