segunda-feira, 25 de abril de 2016

Viver meditativo

Osho me ensinou algo de grande valor que continuo a aprofundar e a desenvolver: como silenciar a minha mente, como parar o pensamento pela meditação, o que se traduz por mais luz, por mais inteligência, por mais criatividade, por mais prosperidade e mais consciência no meu viver.

Compromisso com o interior e o exterior

Minha meditação, minha filosofia, minha espiritualidade não estão divorciadas da vida, nem são alienadas do momento que o mundo está vivendo.

 É meu dever deixar meu mundo interior melhor, mas isso não pode me afastar de meu compromisso de lutar por um mundo mais ético. 

Meu silêncio não seria vivo, seria uma covardia, mostraria apenas meu grau de dívida e de dependência aos podres poderes estabelecidos. 

Minha meditação, minha filosofia, minha espiritualidade me dão asas, mas me dão raízes fincadas na terra também, me dão liberdade, me dão independência, me dão compromisso com o mundo, o interior e o exterior, pois quero ver ambos mais belos, mais verdadeiros, mais limpos.

Todo tirano corre perigo

Tirano é todo aquele que tira a liberdade e o direito do outro. No dia a dia será que eu não sou um tirano, um opressor? 

Como pai, mãe, como patrão, como alguém que exerce algum tipo de poder? Todo tirano tem uma vida atrapalhada exatamente porque atrapalha o desenvolvimento da vida dos outros. 

Todo tirano corre perigo.

Muita filosofia conduz a Deus

Algum sábio já falou: "Pouca filosofia leva ao ateísmo, muita filosofia conduz a Deus". 

Isso não quer dizer que quem acredita em Deus tem muita filosofia.

O caminho do filósofo não é o dá crença é o da investigação.

Viver virtuosamente

Certo dia um velho gabava-se para Platão dizendo que lia muito a respeito da virtude, ouvindo do filósofo a seguinte admoestação: 

"E quando começarás a viver virtuosamente?"

Filosofia é mais um viver do que um filosofar

Um livro especial. 

A filosofia retratada não apenas como um discurso filosófico, acadêmico, mas como um viver filosófico cheio de inteligência, paz e consciência.

Filosofia é mais um viver do que um filosofar.

Sê sábio primeiro dentro de tua própria casa

Ser sábio fora de casa é muito fácil. 

Por isso um filósofo da antiguidade, Quílon, dizia: "Sê primeiro sábio dentro de tua própria casa". 

Com a esposa, com os filhos, com a administração da família, na convivência diária, na resolução dos conflitos.

 Uma verdadeira prova para medir o grau de nossa sabedoria! Já fiquei reprovado algumas vezes nesta matéria, mas continuo estudando para ser um sábio dentro de minha própria casa.

"Vai, e defende como Bias!"

 "Vai, e defende como Bias!". Bias de Priene foi um filósofo grego que viveu no século VI a.C, membro de um seleto grupo que ficou conhecido como Os Sete Sábios da Grécia. 

Era advogado de talento extraordinário; foi o maior orador de seu tempo; recusava-se a colocar seu dom a serviço de uma causa injusta, sem verdade, sem integridade. 

Bias morreu durante um júri que fazia. Depois de desenvolver a defesa encostou sua cabeça na parede e morreu serenamente. As pessoas não notaram nada. O acusador continuou a falar depois dele, o juiz pôs a causa em votação, os jurados absolveram o cliente que ele defendia, e só depois perceberam que ele não estava apenas de olhos fechados. Seu funeral causou grande comoção devido ao respeito que ele gozava na cidade de Priene. 

São frases suas: "Vence pela persuasão e não pela violência"; "Reflete bem antes de iniciar uma ação, e depois de iniciá-la persevera até o fim"; "Faze da sabedoria a tua provisão para a viagem da juventude a velhice, pois nela deves confiar mais de que todos os outros bens"; "Não fales precipitadamente pois isso é sinal de insânia". 

Bias de Priene, tornou-se o grande exemplo de advogado para toda a juventude de seu tempo, ficando famosa a frase naquele meio: "Vai, e defende como Bias".

A força da boa reputação na oratória

E sentado com os olhos fitos em seu mestre Aristóteles, Alexandre ouvia as lições de alta retórica: 

"É imperioso, Alexandre, não sermos corretos apenas no nosso discurso, como também na nossa conduta pessoal, orientando-a pelos princípios éticos, porque nosso modo de vida contribui para a nossa capacidade de persuasão tanto quanto para a construção de uma boa reputação."

A oratória bem-sucedida segundo Platão

Dizia Platão, o Salomão da Grécia, em letras gregas sobre a arte de falar com talento: 

"A oratória bem-sucedida pressupõe quatro condições: dizer o que deve ser dito, falar durante o tempo necessário, adequar a fala a audiência, e falar só no momento oportuno. O que é necessário dizer deve ser útil a quem fala e a quem ouve; a duração da fala não deve ser maior nem menor que o suficiente; quanto às pessoas que orador se dirige, é necessário adequar o discurso a idade dos ouvintes, tendo em conta a circunstância de estar falando a anciãos ou jovens; quanto a oportunidade, é necessário falar no momento oportuno, nem antes nem depois; se assim não for, o orador será mal-sucedido e não estará falando com correção".

Aristóteles em forma

Essa escultura mostra Aristóteles em boa forma física. Numa escultura uma grande mensagem, o equilíbrio do corpo e da mente. Seria difícil imaginar - e seria mesmo hilariante - um filósofo guloso, a sua filosofia seria prova de inutilidade, tendo em vista que não curou nem mesmo o pecado da gula.

A eloquência do amor

A eloquência do amor. "Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, sem amor eu nada seria". 

Poderia ter a beleza da oratória dos mais geniais homens de todas as épocas, poderia ter a voz doce dos anjos, mas sem amor minha eloquência nada seria. 

Diante da eloquência do amor, a eloquência sem amor não seria nem mesmo digna de receber tal nome. 

Para o missionário Henri Drummond, "o amor é a síntese de todas as virtudes, donde emana a mais pura e poderosa eloquência". 

Falando sobre o amor, Osho diz que "se realizarmos o amor em nós realizamos também a verdade, a sabedoria, a meditação, a oração, realizamos Deus; toda a eloquência e filosofia da vida floresce em nós". 

Tenho muito ainda a crescer no amor, mas posso sentir a verdade de que nada sou se não tiver amor.

Hércules na encruzilhada

Certo dia, caminhava o grego Hércules desolado pelos caminhos da vida. 

Cansado, sentou-se numa pedra, e viu dois caminhos.

 Num deles surgia uma linda mulher de nome Prazer, que mostrava-lhe um caminho cheio de gozos e facilidades, porém não se via o fim. 

No outro caminho, surgia uma outra mulher de nome Virtude, de porte nobre, apontando-lhe um caminho difícil de trilhar, porém nele se avistava um fim cheio de grandes belezas. 

Diante da tentadora encruzilhada, Hércules mostrou para si mesmo que não tinha força só no seu corpo, mas também na sua alma, e seguiu o caminho da Virtude.

A arte de falar com sinônimos

Sofista significa sábio. Esses exímios professores abrilhantaram a Grécia com sua enorme cultura e talento na arte da oratória. 

Criaram muitas técnicas e ideias que marcaram a história da eloquência universal. Um deles, Pródico, elaborou e ensinou a técnica da sinonímia, a exploração dos sinônimos das palavras no discurso, que proporcionava à exposição oral sutilidade, esclarecimento, precisão, movimento e beleza. 

Essa técnica exige do orador muita leitura para ter um amplo, um vasto, um extenso vocabulário. Digo mesmo que essa técnica surge naturalmente naquele que tem vocação para leitura e para a arte de argumentar - tendo sido apenas identificada, desenvolvida e valorizada por Pródico. Eis aí um importante segredo de um discurso sofisticado (palavra que vem de sofista).

Primeiro os fatos, depois os argumentos!

Mísón, um ilustre filósofo da Grécia Antiga, dizia que "não devemos examinar a veracidade dos fatos a partir dos argumentos, mas examinar a veracidade dos argumentos a partir dos fatos". 

É um proceder relevantíssimo para quem quer ser honesto na argumentação no dia a dia, na política, nos tribunais, consigo mesmo. Primeiro vêm os fatos, depois os argumentos! Não se escondem os fatos, não se deturpam os fatos, há que ser fiel aos fatos. Dá a César o que é de César e a Deus o que é de Deus exige do homem uma grande coragem para ser honesto diante dos fatos.

 Quantas pessoas diariamente não observamos trazendo primeiro os argumentos, já tentando formatar, enquadrar, parcializar os fatos, reconstruindo-os a partir de seus interesses, de sua interpretação? Além de coragem, honestidade e fidelidade, é preciso grande inteligência para ser amigo da verdade.