quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Um bom orador não comete erros gramaticais grosseiros

Um erro de pronúncia bem comum: não é "guverno', nem "gonverno", nem "gunverno", é governo. 

O orador precisa evitar erros básicos para não cair no descrédito principalmente se estiver falando num ambiente mais culto, numa sala de aula, num tribunal, num parlamento, na televisão, etc.

A oratória livre de sujeiras

Tem o lado sujo da oratória. 

Quanto mais alta é a oratória, quanto mais consciente e positiva e limpa ela é, mais livre de manipulação, de segundas intenções, de mentiras, de engodos, de falácias.

Orador talentoso sabe prender a atenção numa era de distração

Quando os grandes oradores da Grécia Antiga ocupavam a tribuna para proferir seus belos, prestigiados e trabalhados argumentos, não existiam tantas distrações como hoje - shopping, televisão, whatsaap, facebook, - não existiam tantas opções como hodiernamente. 

Decorre disso que é dever do orador ser um homem interessante e talentoso se ele quiser ser realmente ouvido.

Orador sabichão

Digo pra mim mesmo:

"Nunca se iluda achando que você fala bem e que não precisa ler um livro de oratória, ou assistir uma palestra sobre a arte de falar bem, ou que não precisa se aperfeiçoar mais, ou que não tem mais nada a aprender com ninguém. 

No caminho da arte de falar bem o limite é o céu, e só se trilha no compasso da humildade. Até reis e milionários se sentem apequenados quando não conseguem se expressar com competência".

Como se defender dos manipuladores

Estou lendo um livro muito interessante e útil, Como se Defender dos Manipuladores. 

São tantas as formas de manipulação diária - vitimação, perseguição, jogar culpa nos outros, a insistência, a bajulação, a adulação, a falsa simpatia, a ameaça, os melindres, as chantagens emocionais, a ironia, as promessas, etc. 

Como sair desse jogo doentio, como vítima ou como manipulador, e ter relações mais sadias, que se baseiam na livre escolha de cada um? 

Você só se torna um expert na arte de se livrar dos manipuladores - do qual o mundo está cheio, na família, na religião, no trabalho, nas amizades - quando perde o interesse em manipular e controlar os outros, e quando não permite ser controlado ou manipulado por ninguém.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

A oratória digna dos deuses

Certa vez uma jovem me perguntou se eu poderia resumir a essência da arte de falar bem em uma frase. 

Pensei, pensei, e disse-lhe que uma frase de Platão bem poderia ser a síntese do que ela queria saber. Platão falou em um de seus famosos Diálogos: "A oratória com filosofia é a única oratória digna dos deuses". 

O que é a oratória com filosofia, no sentido grego? 

É a oratória com sabedoria, é a oratória que nasce de uma consciência clara, de uma mente racionalmente iluminada.

A busca da sabedoria incomoda

Meditando nas palavras deste grande filósofo da razão e da eloquência greco-romana, o sábio Epítecto.

Ensina o mestre: 

"A busca da sabedoria atrai críticas e perseguições daqueles que se sentem ameaçados pelo seu aprimoramento e progresso. 

Eles lhe acusarão de orgulhosos e arrogantes, e se incomodarão com sua presença. Isso é tão velho quanto o mundo.

Tenha compaixão deles, não se deixe intimidar e siga firme no seu propósito".

Pensar com exatidão

PENSAR COM EXATIDÃO - É uma das leis que levam ao sucesso, segundo Napolleon Hill. 

Não ser desonesto no raciocínio, não pensar com fanatismo, com bitola, com despeita, com preconceito, com inveja.

 Não confundir fatos com opiniões, não distorcer a verdade, não acreditar nas conversas sem antes examiná-las. Ser um amigo da razão, da coerência, da clareza, da positividade. 

Alguma dúvida da importância desta lei?

Abaixo as citações, mostra-me o que tu sabes

Citações, histórias, fábulas, são recursos valiosos na oratória, no entanto é preciso saber usá-los adequadamente. 

Não podemos ser um mero reprodutor do que os outros disseram. Eu utilizava muitas frases de outros autores para ilustrar meu discurso no júri, mas hoje já as uso com moderação, uma aqui outra acolá. 

E aqui vai uma citação do filósofo Ralph Waldo Emerson: "Abaixo as citações, mostra-me o que tu sabes".

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Obediência com consciência

Considero-me uma pessoa que tem facilidade de cumprir regras quando elas são convincentes, quando elas têm fundamento, coerência e não são meramente impositivas. 

Considero-me também uma pessoa que tem a mesma facilidade de desobedecê-las quando elas se apresentam arbitrárias, ilógicas ou incoerentes.

A rica interação da linguagem

Não sou nenhum xenófobo, não tenho nenhuma aversão ou ódio por estrangeiros, principalmente pelos EUA. 

Tinha até um desatualizado aí de esquerda querendo proibir que falássemos palavras em inglês, que deveríamos usar o português puro, em plena época de globalização e contato entre os povos - ou seja; o pobre coitado queria que o ovo se chocasse com a montanha sem que aquele fosse despedaçado. Não podemos ir de encontro a realidade. 

Tem palavras que eu acho mais bonitas em outras línguas do que em português, como por exemplo, finesse, palavra de origem francesa, que significa sutileza, delicadeza, primor. Depende do talento de cada um fazer bom uso dessa interação de línguas.

Envelhecer com sabedoria

Uma das coisas que eu não quero na minha vida: envelhecer sem maturidade. 

Acho muito estranho cabelos brancos sem sabedoria.

Os filósofos nos júris passionais

Estou pressentindo que este livro me auxiliará muito com exemplos, ilustrações e frases na atuação em casos passionais no tribunal do júri.

A finesse e o tato na oratória

Dale Carnegie foi um dos mais brilhantes professores de oratória do século XX. 

Viveu entre os anos de 1888 a 1952 nos EUA. Alertava ele: "Lembre-se, senhor orador, que você está exercendo uma atividade que exige extrema finesse e tato". 

Essa é a diferença do orador pro falador: o orador não só sabe o "que", mas sabe o "como" também. 

O falador acha que só o seu conteúdo é o bastante, esquece do valor que tem a forma, a maneira, o jeito, a finesse, o tato.

Conclua, companheiro!

"Conclua, companheiro", assim dizíamos nas reuniões sindicais, partidárias, estudantis, quando a pessoa se apaixonava pelo 'microfone' e não queria deixar de falar. 

A plateia tem vontade de dizer a mesma coisa para o palestrante prolixo, pena que não pode, e fica irritada e sofrendo, mas a vontade dela era dizer: "conclua, companheiro". 

Ouse seja, boa lição de oratória é: pare de falar antes que o povo pare de lhe ouvir.

A carência interior do mau julgador

Se eu fosse desembargador ou juiz eu me envergonharia caso visse minha sala vazia da voz da defesa, caso visse minha tribuna carente da presença de advogados. 

Sinal que eu seria um pobre espírito desprovido de substância, tão cheio de poder externamente, tão empafioso, mas tão infantil e incompleto internamente, incapaz de perceber que a ausência de advogado em torno de mim mesmo seria sinal evidente da minha condição de mau julgador.

Os deveres de um juiz segundo Sócrates

Iniciei minha argumentação hoje no Tribunal dizendo: um dos maiores desafios da advocacia atualmente é se fazer ouvir. 

Citei Sócrates: "São três os deveres de um bom juiz: saber ouvir atentamente, considerar sobriamente e decidir imparcialmente".

 E fui ouvido, e o apelante, antes condenado a 14 anos de reclusão, foi absolvido.

sábado, 12 de setembro de 2015

Oh glória

No caminho para o escritório, vi escrito atrás de um caminhão: 

"A força da tua inveja é o tamanho do meu sucesso". 

E mais embaixo, exclamava: 

"Oh glória!"

Aprendendo com Tomas Edison a vencer o vitimismo

O pai de Thomas Edison o chamou de burro quando ele ainda era criança. 

O diretor da escola disse a Edison que ele nunca teria sucesso em nada. 

E esse gênio da criatividade nem por isso ficou parado no meio do caminho se lamentando por traumas da infância. 

Os traumas do passado existem sim, e são um tanto dolorosos, mas precisamos assumir o comando de nossa vida e do nosso destino para sermos um presente para humanidade, humanidade que carece de pessoas de bem com a vida.

Vencendo o desânimo

Hoje li uma frase que me fez refletir: "O desânimo é um teste da natureza". 

E falei pra mim mesmo: isso é verdade, pois toda vez que venci o desânimo cheguei a lugares ensolarados!

Citando Sidarta

Citando Sidarta: 

"Existem três classes de pessoas infelizes: 

os que não sabem e não perguntam; 

os que sabem e não ensinam;

 e os que ensinam mas não praticam".

As poderosas apresentações

Venho buscando desenvolver na minha oratória o que diz o Roberto Shinyashiki, em Como Fazer uma Palestra em 24 horas:

 "As apresentações poderosas combinam dois tesouros: conteúdo profundo e boa performance de palco".

Admirar sem fanatismo

A vida tem me ensinado a admirar as pessoas, ao mesmo tempo que também tem me ensinado a não me fanatizar por pessoas.

Não seja um mero leitor de slides

Um bom professor, 

Um bom comunicador, 

Um bom orador,

Um bom palestrante, 

Não é um mero leitor de slides.

A voz persuasiva

O orador de alto impacto sabe que ao pronunciar a palavra 'lixo' sua voz pede um tom, e que ao pronunciar a palavra 'perfume', sua voz pede outro tom. 

Uma voz apropriada à oratória deve ter uma boa entonação, notas diferentes, variedade de tons, musicalidade - isso traz beleza e agradabilidade à comunicação, além de facilitar a compreensão do que estamos falando. 

A voz responde por mais de um terço de nossa capacidade persuasiva. Imagine a cena: ouça a voz da serpente persuadindo Eva; ouça a voz de Eva persuadindo Adão!

O dinheiro pode fazer parte da felicidade

Sempre ouvi dizer que "dinheiro não traz felicidade"; e se a gente não questionar determinados condicionamentos mentais, que vão passando de geração a geração, afugentamos a prosperidade da nossa vida. 

Dinheiro não traz felicidade para quem não tem ou não sabe usar. Mas pra quem tem e sabe usar, ele compõe a própria felicidade.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Oratória aplicada à política

Ministrei a palestra Oratória Aplicada à Política no Curso de Formação Política coordenado pelos competentes e pioneiros amigos Carlos Coêlho e Tácio Coêlho, no Auditório da Assembléia Legislativa do Acre.

 Fico feliz de ver nossos futuros políticos buscando se qualificar mais e querendo aperfeiçoar a sua liderança e a sua capacidade comunicativa.

Oratória para jovens advogados e estudantes de direito

Se tem uma palavra que define a palestra que ministrei na Semana Acadêmica da FAAO é sucesso, com direito até a banda de música do Batalhão de Infantaria e Selva tocando Último dos Moicanos e Conquista do Paraíso. 

Grato pelo carinho e reconhecimento meus amigos e jovens acadêmicos de direito.

Best-seller na cidade de Jordão

Autografando mais de quarenta livros para meus leitores da cidade de Jordão. 

Paulo Coelho que me perdoe - lá, eu sou mais lido do que ele; lá, meus livros são best--sellers. 

Grande abraço, amigos jordanenses, terra de povo inteligente! 

A credibilidade do orador

Quem daria crédito a um orador acima do peso ensinando a emagrecer?

Quem daria crédito a um orador conflituoso ensinando as pessoas a viverem em harmonia? 

Quem daria crédito a um orador disperso ensinando concentração? 

Quem daria crédito a um orador que não sabe falar ensinando oratória? 

Quem daria crédito a um orador desanimado pregando sobre o entusiasmo?

 Simples e profunda lei da arte de falar bem: fale daquilo que você pratica.

Onde está a autoridade de um rei?

"Onde está a autoridade de um rei?", perguntou o Rei George VI, irritado e lamentando a sua gagueira, o seu nervosismo, o seu medo de falar em público: "Onde está a autoridade de um rei? Nas vestimentas, no palácio que mora, no sangue que corre em suas veias? Não, está na palavra. O povo todo que ouvir o rei falar. E eu não sei falar".

E quantas pessoas tem mestrado, doutorado, e tantas outras ocupam lugares de alta autoridade, mas quando falam parece que seus títulos e cargos perdem todo o brilho e valor, envergonham o lugar que estão. 

O Rei George VI, no período da Segunda Guerra Mundial, por entender a importância de falar bem, foi em busca de auxílio e conseguiu vencer os obstáculos da comunicação, tornando seus discursos valorosos instrumentos de orientação do povo britânico.

Não confie muito em seus títulos, em seus cargos, em seu conhecimento, em sua posição, se você não souber falar bem! Lembre-se sempre da indagação do monarca: "Onde está a autoridade de um rei?"

Gostei do filme O Juiz

Gostei do filme O Juiz.

 Um drama de natureza familiar e um triller de tribunal. Na hora de escolher os jurados o advogado recusou os mais 'certinhos' - aqueles que a gente percebe de longe a hipocrisia de sua moralidade, a moralidade da espessura da pele.

 Defender é arte, é ciência, é intuição, é ver argumentos onde ninguém ver; é ler a mente, é ler a alma do júri; é sentir mais que pensar, é intuir mais sentir.

A riqueza e a oratória de Andrew Carnegie

Andrew Carnegie, o Rei do Aço, é considerado um dos homens mais ricos de todos os tempos. 

Após sua morte, em 1919, foi encontrado entre seus papéis um plano estratégico para sua vida feito quando ele tinha 33 anos de idade, e dentre outras coisas estava escrito: "Focar minha atenção na arte de falar em público". 

Andrew admirava grandemente a oratória. Esse talento o impressionava mais que a capacidade de ganhar dinheiro. 

Grande parte de sua riqueza foi destinada a filantropia. Ele auxiliou a construir mais de 2.800 bibliotecas nos Estados Unidos. 

Além de tudo isso tornou-se um grande orador, homem de palavras enérgicas, de opiniões fortes, e raciocínio rápido e convincente. Mesmo sendo um homem rico, intuiu que sua riqueza estaria incompleta sem o domínio da arte de falar bem.