sexta-feira, 27 de julho de 2012

Piadas sobre advogados

As piadas sobre advogados são tão antigas quanto os tributos devotados a nossa arte. As piadas expressam, muitas vezes, o lado negativo da advocacia, ou mesmo aquilo que ela tem em esperteza, em inteligencia, em criatividade, em presença de espírito. Tenho alguns livros dessas piadas; ao mesmo tempo que algumas me fazem ri, também me fazem refletir, estudar nosso ofício, para conhecê-lo em todas as dimensões. Reproduzo duas, do livro Piadas de Sacanear Advogado:

1. Saindo do Fórum, numa sexta-feira, um advogado disse para o outro:

- Vamos tomar alguma coisa?

 O outro, cheio de disposição, responde:

- Vamos, de quem?

2. Numa audiência tumultuada, a promotora, olhando com faísca nos olhos para o advogado, diz:

- Se eu fosse sua mulher colocaria veneno no seu café!

Ela mal concluiu a frase, e o advogado emendou:

- E seu eu fosse o seu marido beberia com todo o prazer!

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Crescem os apoios!

E continua em tom crescente nossa caminhada rumo à OAB.

Constantemente recebemos emails, telefones, manifestações várias de apoio, de adesões sinceras e espontâneas a esse projeto de Renovação na Ordem; renovação com ética, renovação com fortalecimento das nossas prerrogativas, da nossa dignidade profissional, renovação com independência.

Vamos juntos, que a alternância de poder, que a rotatividade, que a mudança, é algo saudável para nossa OAB, e só trará benefícios para todos nós, advogados!

Saber ganhar, saber perder!

O júri é um funil, só passa e fica quem tem vocação. Já vi gente perder e chutar as cadeiras de raiva, espraguejar contra o júri, só ser a favor dele quando se está ganhando, mas esses duraram pouco na instituição, ninguém pode ganhar sempre. 

Perdendo ou ganhando, o tribuno, mesmo chorando ou sorrindo por dentro, deve manter a serenidade, deve manter o autodomínio, deve manter a elegância das tradições do júri. O importante é a consciência do dever cumprido.

O júri entendeu por bem condenar meu constituinte. Como antes ela já tinha cumprido uma parte da pena, ficará no regime semiaberto, recorri e ele ganhou o direito de apelar em liberdade.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Na espera do triunfo da justiça!

Há cinco anos esse jovem foi condenado como sendo o autor de um homicídio. Foi para mim uma dolorida derrota, senti como sendo a própria derrota da justiça, da inocência! Perdi por 4x3. 
Mas não me conformei, fui à luta, recorri, e o Tribunal de Justiça do Acre deu-me razão, e anulou o júri, determinando que se fizesse outro, pois a decisão dos jurados contrariou à prova dos autos. O Ministério Público, inconformado com a anulação, recorreu para o Superior Tribunal de Justiça pugnando pela manutenção da decisão do júri, mas não adiantou, o STJ confirmou a decisão do TJ/AC mandando o réu a outro julgamento.

Esse outro julgamento será neste dia 25, na 1ª Vara do Júri, e a minha esperança é que possamos ver o que diz as Sagradas Escrituras: "Os olhos dos inocentes verão o triunfo da justiça".

Vocações jurídicas?


Pediram-me uma opinião sobre a imagem que se vê.

Das três figuras de baixo, até que se compreende e se justifica. Mas das três de cima? É a própria maldição do direito: o promotor, que mais parece um inquisidor, um Torquemada, querendo mandar alguém de qualquer maneira para a fogueira, para forca, para guilhotina, para a câmara de gás, sedento de sangue, como um canibal; o juiz, ao estilo de Pilatos, indiferente e frio para conceitos de justiça e injustiça, mentira, verdade, legalidade e ilegalidade, tanto faz, só querendo seu gordo salário mensal; e o advogado de sorriso falso, medroso e subserviente.

Por fim, o título é inapropriado, Vocações Jurídicas, pois quem tem verdadeira vocação para ser juiz, promotor e advogado tem amor pelo que faz, e quem tem amor pelo faz, faz com consciência, e é uma benção para o mundo.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Aos ouvidos das flores

O grande pregador Henri Lacordaire, antes de pronunciar seus famosos sermões aos fiéis, passava-os pela aprovação das flores.

No seu jardim, pregava aos ouvidos delas; e como serão os ouvidos das flores, em sensibilidade, em inteligência, em singeleza, em percepção?

Brotava entre ele e as flores uma eloquente sintonia, uma linguagem universal, capaz de tocar até os homens, já que tocou as flores.

Exatamente hoje vinha ouvindo um poeta cantar, e talvez fosse assim que Lacordaire via os filhos de Deus, do alto de seu púlpito: "Em vocês em eu vejo amor, vejo rosas, vejo flor". Isso tudo estar na dimensão do sublime, do maravilhoso!

A dúvida da folha

Li agora, no cair da tarde, uma fina mensagem, bem propícia para minhas reflexões atuais sobre a vida. Compreendê-la, e estar neste estágio de consciência, imagino, é viver a mensagem do Mestre Jesus: "Olhai os lírios dos campos... vede os pássaros do céu".

Assim diz o Mestre Osho: "A sua preocupação é como uma folha que está preocupada com a segurança. A Árvore está a tomar todo o cuidado, oferecendo todo o alimento a folha, levando-lhe água contra a força da gravidade - lá para cima, talvez trinta ou sessenta metros. E a folha nem estar ciente disso, que é apenas uma parte de uma vasta árvore, que você é parte de uma amorável existência".

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Para ser feliz!

Pelo Dia do Amigo, e a todos os meus amigos!

Henri Dominique Lacordaire, segundo o professor Silveira Bueno, no livro A Arte de Falar em Público, foi o orador máximo do século XIX. Era advogado, parlamentar e padre da Ordem dos Pregadores de São Domingo de Gusmão.

Do púlpito da Catedral de Notre-Dame, pregava: "O homem para se feliz precisa de três coisas: das bençãos divinas, dos livros e dos amigos".

quinta-feira, 19 de julho de 2012

A amizade e a verdade

Platão foi discípulo de Sócrates, e Aristóteles foi discípulo de Platão. Na Academia, Aristóteles era o discípulo que Platão mais admirava, chamando-o inclusive de "A Inteligência"; e da mesma forma, Aristóteles nutria grande admiração pelo seu mestre, eram grandes amigos.

Aí é que entra uma história que eu acho admirável, e de vez em quando estou recorrendo a ela. Certo dia, entre amigos, Aristóteles discordou de Platão, sendo que foi indagado pelos presentes: "Mas você não é amigo de Platão?" O que Aristóteles respondeu: "Sim, sou amigo de Platão, mas sou mais amigo da verdade!".

A lógica do advogado

Sabemos que na história do mundo existiram e existem muitas mentes brilhantes, e à classe dos advogados tem pertencido boa quantidade das melhores inteligências: Demóstenes, Cícero, Péricles, Sêneca, Justiniano, Gandhi, Nelson Mandela, Abraham Lincoln, Rui Barbosa, Luis Gama, Joaquim Nabuco, etc. E será se essas pessoas seriam grandes sem o domínio da lógica, um dos caminhos que leva à verdade?
 

Edmundo Dantès Nascimento fala que a Lógica "é a arte de raciocinar corretamente e refutar os raciocínios contrários. Que é indispensável na formação do profissional, pois, sendo uma ciência da argumentação, é capaz de acrescer as qualidades do advogado".  

 Imagine uma pessoa titubeando, falando coisas sem nexo, sem ordem, sem clareza, sem concatenação, sem coerência, sem começo, meio e fim, carente de fundamentação racional ou de provas?
  
Aí vai uma boa dica de leitura, Lógica Aplicada a Advocacia: Técnicas de Persuasão, de Edmundo Dantès.

terça-feira, 17 de julho de 2012

O sábio é um degustador!


Belas frases, diamantes espalhados por todo o livro Perguntaram-me se Eu Acredito em Deus, do poeta Rubem Alves. Ofereço algumas para vocês!

"Sabedoria é a arte de degustar a vida. O sábio é um degustador".

"Os poetas sabem que tudo começa pela palavra".
...
"A fúria se acalma diante da beleza".

"Rezam meus olhos quando contemplo a beleza".

"Quem não tem o Paraíso dentro de si jamais o encontrará fora". Angelus Silesius

"A reverência pela vida é a forma mais alta de oração".

"Só se deve falar quando a fala melhora o silêncio".

"Aqueles que veem as estrelas, ora são chamados de poetas, ora de profetas".

"As estórias tem asas".

"Com a palavra o universo começou. Somos poemas encarnados".

"Deus é um jeito de ver".

"Um coração alegre aformoseia o rosto". Salomão

"Deus nos deu asas. Mas as religiões inventaram gaiolas".

"Tudo o que vive é pulsação do sagrado. As aves do céu, os lírios dos campos... Até um insignificante grilo, no seu cricri rítmico, é uma música do Grande Mistério".

segunda-feira, 16 de julho de 2012

O homem do júri é acima de tudo um forte!

Por 4x3 o júri decidiu pela absolvição de minha constituinte.

Exclamei aos jurados:

"Aqui é minha casa, aqui não é só uma casa, aqui é um templo, que acolhe todos aqueles que o veneram, que o têm como solo sagrado da justiça; e esta beca, ah esta beca...! há dez anos vive as intensas emoções deste lugar, quantas lágrimas ela já derramou! quantas alegrias ela já sentiu! O homem do júri, parafraseando Euclides da Cunha, é acima de tudo um forte!

sábado, 14 de julho de 2012

O encontro da confiança com a consciência

Sábado, aqui no escritório...! Estudando para um júri na segunda-feira, dia 16, na 1ª vara do júri.
 
Estou "vestindo o processo", o que na linguagem dos tribunos do júri significa: estou dando banho nele, tirando as sujeiras, os excessos, perfumando-o, vestindo-o elegantemente, para apresentá-lo - aos olhos, aos ouvidos, à mente, aos corações dos jurados -, mais bonito, mais palatável, mais razoável, mais aceitável, nas provas, nas argumentações, na defesa, e isso só é possível se o advogado se preparar para a causa.
 
Já dizia o advogado Ruy Azevedo Sodré: "A advocacia é o encontro de uma confiança, que se entrega a uma consciência". O constituinte é a confiança, confia no advogado, a ele se entrega, nele deposita suas esperanças, e em contrapartida, o advogado, que é a consciência, cumpri a sua missão, defendendo-o com zelo, com independência, com ética e competência

sexta-feira, 13 de julho de 2012

O Homem Rico

Do livro de Osho, Fama, Fortuna e Ambição: Qual o verdadeiro significado do êxito?

 "Não se iluda com as aparências, com famas, com prestígios, com poderes, com riquezas. O homem verdadeiramente rico tem o coração que vibra de alegria, tem o coração em harmonia com o Tao, com a Natureza, com Deus, com o Todo. O homem rico tem um coração em paz, em sintonia com as leis universais da vida. Esta é a verdadeira, a real, a autêntica fortuna, a autêntica riqueza. Um dia você saberá por experiência própria".  

Sagradas palavras!

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Inspirando-me em Gandhi!

Preparando-me para dar os próximos passos, com firmeza e consciência, rumo a eleição da OAB/AC, com o objetivo de servir, com independência e senso de dever, a advocacia acriana. Estou lendo o livro A Extraordinária Liderança de Gandhi, de autoria de Pascal Alan Nazareth.
 
Gandhi, que era advogado, é um desses líderes que me inspira! Tinha uma capacidade comunicativa do além. Dele, assim diz Nehru, um dos seus mais carismáticos seguidores:
 
"Sua voz era de alguma forma diferente da dos outros. Ele falava baixo e em tom grave e, no entanto, era ouvido em meio à gritaria da multidão; a voz era suave e gentil e, no entanto, parecia que havia aço escondido dentro dela; não sabíamos bem o que pensar mais isso entusiasmava a todos".

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Tantos sapos diferentes, tantas lições importantes!


Sobre sapos... em contextos diferentes!

1. Você já deve ter visto a imagem abaixo; ganhei num momento difícil de minha vida profissional; na luta pela sobrevivência, tive que seguir o exemplo do sapo.

2. Como mulher tem medo de sapo! Certa vez, pensei que minha mãe ia morrer!
...
3. Existe a arte de engolir sapos, mas nem sempre é possível e aconselhável fazê-lo, mas traz muitos benefícios, quando sabemos engoli-los. Assim diz um haicai de Roberto Evangelista: "Engolir sapos, filhos? Saltamos alto ao digerí-los".

4. Quantas vezes fui acalentado! quantas vezes acalentei! "Sapo cururu, lá da beirinha do rio, empresta teu sonho pra esse menino dormir, ôu, ôu, ôu, ôôôôu".

5. Outro haicai, de Bashô, mestre dos haicais, que em meditação profunda e em silêncio absoluto, poeticamente sentiu: "Um laguinho na floresta. Um sapo pula. Ploc!"

 6. Uma fábula de Esopo: "Certa vez um sapo viu um vaga-lume cintilar numa noite escura, e com inveja, na primeira oportunidade que teve, pulou bruscamente em cima dele. "O que eu fiz?", perguntou aflitamente o vaga-lume. "Nada", respondeu o sapo, "tu brilhas".

Tantos sapos diferentes, tantas lições importantes!

terça-feira, 10 de julho de 2012

Kocoro-ire na advocacia


Li e achei profundo o texto que encontrei no livro A Arte Cavalheiresca do Arqueiro Zen, do filósofo Eugen Herrigel. O que se vai ler, aplica-se a qualquer arte, a qualquer profissão, e faz toda a diferença, principalmente neste raiar dos novos tempos, neste florescer da nova era.

"Para nós, mestres arqueiros, é um fato conhecido e comprovado pela experiência cotidiana que um bom arqueiro, com um arco de potência média, é capaz de um tiro mais longo do que um outro arqueiro empunhando um arco mais potente, mas carente de espiritualidade. Logo, o tiro não depende do arco, mas da presença de espírito, da vivacidade e da atenção com que é manejado".

 Os japoneses chamam isso de Kocoro-ire, a qualidade do entusiasmo, da vivacidade, da presença de espírito, da atenção, da espiritualidade. Venho procurando trabalhar isso em mim, e tem sido um fenômeno alquímico, auxiliando-me no aperfeiçoamento da arte da advocacia, da arte da escrita, da arte da oratória e da própria arte de viver.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

As duas belezas de Narciso


O texto abaixo, uma simples oferenda, - que fala de duas manifestações da beleza, ambas com seus encantos - dedico a todos vocês, que na ocasião de meu aniversário, desejaram-me tantas bençãos maravilhosas: saúde, paz, prosperidade, harmonia, realização de sonhos, sucesso, vida longa, sabedoria.

Apreciando os haicais - poesia síntese, que retrata em poucas palavras um instante da vida, do pensamento, dos sentimentos, das meditações - do poeta Roberto Evangelista, no livro Mínimas Orações, lembrei-me do Mito de Narciso, que ao ver sua linda e erótica imagem refletida numa fonte d´água, límpida e prateada, apaixonou-se por si mesmo, a ponto de não comer mais, não dormir mais, definhando seu corpo até a morte. No lugar onde morreu Narciso nasceu uma linda flor, a flor de narciso.

Então diz o poeta no seu haicai:

"Narciso mais belo
seria se conhecesse
a si mesmo".

quinta-feira, 5 de julho de 2012

O Sermão da Flor e o Nascimento do Zen


Sidarta Gautama morreu por volta dos 80 anos de idade. Aos 40 anos atingiu o estado de Buda, de Ser Desperto, de Iluminado, e falou ao mundo - com o objetivo de levar outros seres a iluminação - por mais outros 40 anos, a respeito da experiência búdica que atingiu.

Já próximo do fim de sua vida terrena, uma grande assembleia, com milhares e milhares de pessoas, vinda de todas as partes da Índia,  reuniu-se a espera de Buda para vê-lo falar.

 Buda chegou com uma flor na mão, uma flor de lótus na mão, e ficou extasiado olhando aquela flor, enquanto os discípulos o observavam - uns já nervosos porque ele não falava nada, outros até diziam que ele já estava cansado, estava ficando velho demais. E assim o tempo foi passando...!

Mas um dos discípulos, ao ver aquilo, sorriu, seu nome era Marakhasiapa. E Buda sentiu que um ser no meio da multidão tinha acessado sua oculta mensagem. E chamando Marakhasiapa, falou a todos: "O que eu tinha para dizer por meio das palavras já disse nesses 40 anos de pregação, mas aquilo que está além das palavras entrego a Marakhasiapa", e estendendo-lhe a mão, deu-lhe a flor. Assim nasceu o Zen, a verdade dita, a verdade sentida, a verdade experienciada pelo mais profundo silêncio,

Texto baseado no livro Zen: sua história e seus ensinamentos, de Osho, e adaptado ao meu ritmo de escrita.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Hitler e a oratória do mal

Nem sempre a grande oratória é usada para o bem, nem sempre ela vem acompanhada da sabedoria, do amor, da consciência. 

Às vezes ela é uma explosão poderosa do ódio. Hitler é considerado um dos maiores oradores da história.

Estudiosos dizem, que apesar de Hitler não ser um homem fisicamente atraente, mas quando falava, exercia tal fascinação, que as mulheres sentiam brotar no corpo um certo desejo sexual por ele.

Perceba a fato acima, sinta-a, estude-a, jovens ouvindo-o, fixados, atentos, hipnotizados pelo seu magnetismo, pelo seu carisma, pela suas palavras sedutoras.

terça-feira, 3 de julho de 2012

A eloquência de Buda

Li a seguinte história, contada por Osho, no livro Buda: Sua Vida, Seus Ensinamentos e o impacto de Sua Presença na Humanidade. Um livro encantador!

Buda era um ser de rara eloquência. Certa vez um erudito, famoso pelo seu talento em Lógica, acompanhado de 500 seguidores, chegou até Buda para desafiá-lo num torneio retórico em torno do tema Verdade; esses debates eram comuns na época em que Buda ...viveu.

"Então", falou Buda, "você veio para debater a verdade comigo. Mas se eu conheço a verdade e você diz que também a conhece, então qual o sentido de debatermos sobre ela? Mas eu sei que você não conhece a verdade, de mim você não pode se esconder, ela não é sua experiência, ela é apenas algo mental, intelectual em você, não faz parte de sua existência, então qual o sentido de debater a verdade com quem não a conheceu, com quem não a sentiu, com quem não se tornou a própria verdade?"

Essas palavras soaram do além nos ouvidos do erudito, envolvendo-o com tal força e poder, que o homem, por ser honesto consigo mesmo, reconheceu que realmente o que sabia era algo que não era seu, era emprestado, era de plástico, era falso, era conhecimento dos outros, e sentindo o ser de Buda, sua luz, sua presença, sua serenidade, sua sapiência, passou a seguí-lo, juntamente com seus 500 discípulos.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

O Sermão do Ser Singular

Com tem esplendor este Sermão da Montanha. O que poderei recitar? Que imagem usar, desta grande poesia, desta divina canção, que mesmo passando céu e terra, ela ressoa até o infinito da vida, inundando almas de amor? Que jóias, que pérolas, o que posso mostrar, dentre todas  valiosas? O Ser Singular, erguendo as mãos em prece, elevava a alma de  seus ouvintes, saciando suas sedes, transportando-os para o mundo do divino, fazendo-os tocar, ver e sentir cada santa palavra tecida com o mel de seus lábios. Animais, pedras, folhas, tudo parecia lhe  ouvir. Quanto silêncio! Quanta transformação! "Olhai as aves do céu,  não semeiam e nem ceifam, nem recolhem nos celeiros, e vosso Pai as alimenta. Não valies vós muito mais que elas? Vede os lírios dos campos, não trabalham, nem fiam, e mesmo Salomão no auge da sua glória não se vestiu como um  deles. Se Deus veste assim a erva do campo, quanto mais a vós, homens de pouca fé". Texto publicado em http://sandersonmoura.blogspot.com.br/
Como tem esplendor este Sermão da Montanha. O que poderei recitar? Que imagem usar, desta grande poesia, desta divina canção, que mesmo passando céu e terra, ela ressoa até o infinito da vida, inundando almas de amor? Que jóias, que pérolas, o que posso mostrar, dentre todas valiosas?

O Ser Singular, erguendo as mãos em prece, elevava a alma de seus ouvintes, saciando suas sedes, transportando-os para o mundo do divino, fazendo-os tocar, ver e sentir cada santa palavra tecida com o mel de seus lábios. Animais, pedras, folhas, tudo parecia lhe ouvir. Quanto silêncio! Quanta transformação!

"Olhai as aves do céu, não semeiam e nem ceifam, nem recolhem nos celeiros, e vosso Pai as alimenta. Não valeis vós muito mais que elas? Vede os lírios dos campos, não trabalham, nem fiam, e mesmo Salomão no auge da sua glória não se vestiu como um deles. Se Deus veste assim a erva do campo, quanto mais a vós, homens de pouca fé".