segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Ouvindo vendo: a arte da hipotipose

Tem sido comum o uso de recurso audiovisual para ilustrar apresentações, tornando-as mais atraentes e persuasivas.

Em alguns casos, o mal uso do data-show tem atrapalhado a performance do apresentador, pelo excesso de informações e imagens, já que o ouvinte precisa voltar sua atenção, concomitantemente, para o que é exibido e para o que é falado.

Assisti a inúmeras palestras de cultos cientistas da área do direito no 16º Seminário Internacional de Direito Criminal - IBCCRIM, um dos eventos mais importantes da área penal na América Latina, prestigiado mundialmente. Quase todos os palestrantes usaram o projetor multimídia em suas exposições. No geral, foram excelentes os trabalhos, à exceção daqueles que apenas se tornaram meros leitores de slides, coadjuvantes e não protagonistas de suas apresentações.

Vale lembrar que o talento retórico, a capacidade de dizer, não pode ser substituído por um retroprojetor. Um dos momentos mais altos do conclave foi a palestra intitulada Reflexões Sobre a Pena de Morte, de Sandra Babcok, advogada americana de presos sentenciados a pena de morte, nos Estados Unidos e em outras parte do mundo. Sem nenhum instrumento audiovisual, ela emocionou a todos, com sua oratória cativante, colocando imagens mentais bem diante de nossos olhos.

Isso é conhecido em retórica como hipotipose, ou seja, uma narração ou descrição feita em cores tão vívidas, tão vibrantes, tão emocionantes, que os ouvintes ou os leitores têm a sensação de presenciarem os acontecimentos pessoalmente. Ouvem vendo mentalmente o que o orador ou o escritor estão dizendo.

Não se trata aqui de desprezar os instrumentos modernos que enriquecem as apresentações; são úteis e devem ser usados com conhecimento, e também com consciência, para não ficarmos deles reféns. A hipotipose, figura retórica da mais alta relevância, deve ser desenvolvida pelo orador, pois é um recurso natural dos mais finos na arte de persuadir, que quando bem trabalhado dispensa qualquer imagem ou texto criado no PowerPoint.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Diante do Conhecimento!

Quando entrei numa enorme livraria fui reportado às lembranças da Biblioteca de Alexandria. Milhões de livros, em todas as áreas do saber humano. Quanta magnificência! Senti-me um humilde conhecedor de nada.

Mas essa sensação me fez ouvir as palavras do mestre grego: "Só sei que nada sei". Ri de mim mesmo, ri de muitos. Quanta ignorância pensar que se sabe de tudo! Perdoai-nos, Senhor, somos ainda inconscientes".

Fico às vezes a sentir quanto sofrimento há nas almas que têm sede de conhecimento. Quando encontrarão o que buscam? Que jornada sofrida, mas nobre!

Ao entrar em um Templo vejo a frase esculpida do Cristo: "Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará". É água para saciar a sede, para limpar a alma, para purificar a vida. Diante de ti, ó Conhecimento, ergo meus olhos e anseio tuas águas, tão saciantes e tão límpidas, tão prazerosas e tão angelicais!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A pobreza é o lar do crime

Assistindo a uma palestra, por esses dias, em São Paulo, a respeito do sistema carcerário no mundo todo, no 16 Seminário Internacional do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais - IBCCRIM, o palestrante provou, com estatísticas reconhecidas pela ONU, que a pobreza é o lar do crime.

Quanto mais pobre um lugar mais crimes existem ali. Isso nós já sabíamos. A novidade é que a sociologia criminal nos apresentou esse drama de forma científica. Claro que o expositor falou apenas de uma das faces da pobreza, nos 194 países do planeta, que leva à criminalidade.

Ricos também não cometem crimes? Não, os verdadeiros, não! O crime é sempre fruto da pobreza. Quando um rico comete um crime só revela a sua pobreza interior, sua falsa condição de riqueza.

Tanto a pobreza material quanto a pobreza espiritual são as genitoras do crime. Quando o homem cresce em consciência, cresce na verdadeira riqueza, e a escuridão, a grosseira ou a sutil, que leva ao crime, vai sendo iluminada pela divina presença em nós do Eu Superior.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Sincronicidade consciencial

Muitas vezes o diálogo entre as pessoas não flui, é travado, é desconfortante. Ficar entre pessoas com as quais não há identificação é algo muito próximo do desespero.

Krishnamurti, grande sábio do século XX, no seu livro A Primeira e Última Liberdade, esclarece que o diálogo entre as pessoas que não conservam entre si um certo grau de afeição é extremamente difícil. Para que a comunicação genuína se realize é preciso que haja aproximação de valores, de ideias, de buscas, de sonhos.

Em relação aos livros é a mesma coisa. Entre o leitor e a obra deve existir uma espécie de sincronicidade consciencial. É assim que vejo o gosto que tenho pelo pensamento de Krishnamurti porque me ensina a me amar mais, a me conhecer mais, a revolucionar meu mundo inteiror, a cultivar a liberdade em todos os seus aspectos.

Krishnamurti foi grande orador, tendo sido educado para ser o instrutor do mundo. O caminho que nos aponta é o do autoconhecimento. No alto conhecimento nossa capacidade de comunicação se sublima, alcança o céu, e nossas palavras se tornam verdadeiras, honestas, autênticas, impactantes, benditos instrumentos de orientação e salvação para todos aqueles que procuram.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

As sutis dimensões do homem

Comprei por esses dias o livro Ouvir Estrelas, de Mariza Gualano, catálogo de centenas de frases de efeito que foram pronunciadas no cinema ao longo dos tempos envolvendo diversos assuntos.

Como não podia deixar de ser, muitas frases pejorativas no que diz respeito ao advogado. Mas isso é compreensível. Grandes homens, grandes profissões são quase sempre mal interpretados.

Desde quando decidi ser advogado, decidi também ver minha profissão pelo lado positivo, pelo seu lado digno, pelo seu lado essencial.

Dentre as frases citadas no livro, uma de James Stewart, no filme Anatomia de um Crime:

"Como advogado, aprendi que as pessoas não são boas ou más: as pessoas são muitas coisas".

A advocacia é uma das proifssões que permite visualizar, sem maniqueísmo, não só o lado bom ou mau do ser humano, mas suas nuanças, sua relatividade, suas sutis gradações.

Perceber os opostos em situações evidentes, não é lá essas grandes coisas. A superioridade de consciência consiste em discernir uma coisa da outra quando elas praticamente não apresentam diferenças, Onde ilusão e realidade só são separadas uma da outra pela acuidade do espírito.

"Yo soy yo y mi circunstancia". Essa frase de ouro do filósofo espanhol Ortega e Gasset, em muito esclarece as diversas dimensões que um homem pode conter. E o advogado, no contato diário com essas dimensões só pode dizer que as pessoas não são apenas boas ou ruins, mas muitas coisas, são múltiplas, a depender das circunstâncias. Diz o advogado Angel Ossório que "en cada hombre cabe todo lo malo y todo lo bueno". E também todas as combinações possíveis.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Dia do Maçom

Dia 20 de agosto é dia do Maçom, nome forte, misterioso, salomônico. Homem livre e de bons costumes, que ergue templos à virtude e cava masmorras ao vício. Astronauta do seu universo interior. Arquiteto de seu próprio ser. Leva na sua alma a bandeira da Igualdade, da Liberdade e da Fraternidade.

Tantos homens célebres, tantas glórias históricas. Na filosofia, na ciência, na poesia, na arte, no direito, no empreendedorismo, na política, na espiritualidade, a marca dos melhores. Voltaire, Victor Hugo, Benjamin Franklin, Goethe, Allan Kardec, Bethoven, Henri Ford, Pestalozzi, Abraham Linconl, Chaplin, Jung, Houdini, Walt Disney, Louis Amstrong, Freud, Tagore, Vivekananda, Tiradentes, Francis Bacon, Galileu, Simon Bolívar, José Martí, Churchil, Luther King, George Washington, Garibaldi, Mozart, Fernando Pessoa, Kant, Montesquieu, Waldo Emerson, Shakespeare, Robespierre, Danton e tantos e tantos nomes que foram condutores da humanidade.

Tantos advogados brasileiros de ponta. Rui Barbosa, Montezuma, Evaristo de Moraes, Luis Gama. Deste último, algumas palavras. Advogado dos escravos, libertou mais de 1.500 usando o instrumento do hábeas corpus, o esquadro do mundo jurídico. Foi o Spártacus da abolição da escravatura. O orador destemido e profundo. Advocacia, Oratória e Maçonaria uniram-se ao homem fazendo-o cumprir sua missão.

Intolerância, supertição, vício, fanatismo, para isso tudo, o remédio do conhecimento, da sublime razão. Do constante lapidar da pedra primitiva, o aparecimento do sábio, do belo, do forte, do bom, do justo. Na busca da Pedra Filosofal, do Elixir da Longa Vida, da Panacéia, do "Santo Grau", segue o franco-maçom, no coração guardando segredos, no universo contemplando mistérios, espanhando luzes, semeando a paz.

Universal, perene, no Hino, uma verdade: "Nobres inventos não morrem, vencem do tempo a porfia, há de os séculos afrontar a pura Maçonaria".

Palmas...! Taças...! Abraços...! Sorrisos...! Brilha o manto de Salomão...! Um brinde nesse dia de luz!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O advogado da liberdade africana

Ao abrir minha agenda jurídica, ao raiar do dia, com um café na mão, uma mensagem do grande advogado da liberdade africana, Nelson Mandela:

"Uma boa cabeça e um bom coração é sempre uma formidável combinação".

Inteligência e sensibilidade. Razão e emoção. Duas gigantes faculdades do espírito humano em plena harmonia, em plena complementariedade.

Sem conflitos, sem guerras interiores. Em concórdia.

Apenas na superfície elas aparentam ser contrárias. Quanto mais o homem mergulha na verdade de seu ser mais percebe a unidade viva que existe entre elas.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Picos e Vales

A vida é assim, tem altos e baixos.

Por indicação do doutor Élcio Sabo Mendes Júnior, juiz da Vara da Auditoria Militar, li o livro Picos e Vales, do psicólogo Spencer Johnson, escritor com mais de 40 milhões de livros vendidos em diversos idiomas.

Doutor Élcio foi o magistrado que presidiu o primeiro júri que fiz. Havia muita resistência em deixar estagiário sustentar razões orais nesse tipo de julgamento, embora a lei permitisse, quando acompanhado de advogado. Mas doutor Élcio autorizou minha atuação, e dali em diante as portas se abriram para todos os estagiários exercerem mais livremente o seu direito. A permissão para eu atuar virou uma espécie de "jurisprudência consolidada" do júri, e foi para mim um triunfante início de carreira.

Aquele momento foi um dos picos da minha vida: realizei meu grande sonho, estava falando diante do júri, como personagem de um filme americano, algo bem glorioso. O caso era grave, até hoje tramita nos tribunais. O réu foi absolvido.

Fui ao cume. Momento inesquecível. Um presente celestial.

De lá para cá estive em muitos vales. Mas como o livro ensina "descubra o bem que jaz oculto no momento ruim e aproveite-o sem demora em benefício próprio".

De lá para cá estive em muitos picos. Mas como o livro ensina "seja humilde e agradecido e prepare-se para os vales que virão".

Picos e vales, vales e picos, fazem parte da eterna peregrinação da vida humana na terra. E um livro que fale, de forma tão simples e tão bela e tão rica, de como viver de um jeito mais sábio e mais natural, nessas alternadas e momentâneas situações da existência, sempre vem em auxílio daqueles que o leem.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Acácia Amarela

Ela é tão linda é tão bela

Aquela acácia amarela

Que a minha casa tem

Aquela casa direita

Que é tão justa e perfeita

Onde eu me sinto tão bem

Sou um feliz operário

Onde aumento de salário

Não tem luta nem discórdia

Ali o mal é submerso

E o Grande Arquiteto do Universo

É harmonia é concordia, é harmonia é concórdia.

Luiz Gonzaga e Orlando Silveira

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O advogado e o cliente

Uma das questões de maior complexidade na vida profissional do advogado é a convivência com o cliente, pois envolve uma alta dose de conflituosidade.

Muito da paz, da fama, do sucesso, da prosperidade do advogado depende do cliente que ele tem.

Não basta apenas o advogado escolher bem a causa, tem que saber escolher bem o cliente.

Evite, como regra geral, por melhor que seja uma demanda, clientes criadores de casos, mentirosos, transtornados, negativos. Eles são um veneno para sua alma. O dinheiro que você ganha nesses casos, você perde depois. Com tanto desassossego, você chega a devolver honorários advocatícios para reconquistar a paz perdida. E além disso ainda corre o risco de se ver envolvido em lítigios com o cliente.

Muitos talentos profissionais se perdem nesta complexa relação. É preciso tato, sensibilidade, inteligência, maturidade, perspicácia para saber escolher, não só o direito certo a defender, mas também o cliente certo a acompanhar.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Dia do Advogado

Neste dia 11 de agosto, tão belo dia, ganhei de presente de meus sublimes filhos uma singela estátua da deusa Têmis.

Três perguntas logo eles me fizeram, ao me ver contemplando a famosa imagem.

A primeira pergunta: "Por que o nome dessa mulher é Têmis?"

Pensei um pouco e respondi-lhes: "Têmis vem de temor, quem pratica injustiça deve temer a força da Justiça, que é certa, vem no momento devido e do tamanho que é pra ser. Têmis é uma deusa temida para aqueles que não a respeitam".

E com voz grave disse-lhes, repentinamente, assustando-os: "Temeis as consequências de teus injustos atos!"

A segunda pergunta: "Por que Têmis é chamada de deusa, já que só existe Deus".

Expliquei-lhes "que Deus é todo poderoso, toma a forma que quiser; de uma mulher, de uma árvore, de um pássaro, de um rio, de uma flor, de uma criança. Deus é tudo o que existe no Universo".

E a terceira pergunta: "E o que é Justiça, pai?"

"É um sentimento nobre que faz com que a gente dê a cada um o que é de cada um. É a virtude maior dos homens de bem. Quem é justo é inteligente, é generoso, é confiável, é independente, é bonito, carrega o divino no coração".

Ser justo é o que o advogado deve ser. No seu caminho, nem o pérfido partidarismo, nem as sutis simpatias, nem as perversas injunções, nem as vis ameaças, nem as condenáveis covardias, poderão barrar a consciência de um honrado advogado na luta pela justiça. Isso pra mim é ser autenticamente um Advogado!

Parabéns aos advogados do Brasil, e especialmente a todos os advogados acrianos! Celebremos este augusto dia lembrando que nossa profissão é tão alta que o nosso destino é tocar as estrelas.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

A pedra filosofal

A pedra filosofal é a consciência divina de cada pessoa. Ao lapidar a pedra bruta da raiva, do ciúme, da inveja, da ganância, do fanatismo, da ignorância, o homem vai arquitetando seu templo inteiror e descobrindo sua natureza mais elevada de filho de Deus.

No trabalho incessante de desbastamento da pedra primitiva, o ser começa a brilhar mais, a perdoar mais, a sorrir, a louvar a vida, a se diamantizar, a tranformar a energia destrutiva em poderosa força criativa.

As tensões diminuem, os conflitam vão cessando, o homem fica mais e mais senhor de si, mais calmo, encontrando beleza em pequenas coisas. A vida se torna um presente, uma benção, uma graça, um tesouro.

Esse deve ser o trabalho dos novos alquimistas do século XXI, que a partir de uma revolução interior conseguirão ver o paraíso cada dia mais próximo de si.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A calma

Do livro Diário de um Maçom, de Paulo Valzachi:

"A calma é um dos atributos especiais das pessoas sensatas, afinal é o tempo específico para que tudo passe pelo crivo da razão antes de chegar a ação.

Manter-se neste estado é indispensável em momentos de crise e, uma vez nesse estado e colhendo os frutos dessa sabedoria, você terá alcançado o sucesso".

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Dinheiro é bom, mas...

Todos nós sabemos da importância que tem o dinheiro em nossa vida, argumentar em torno é cair no campo da obviedade.

Não devemos condenar o dinheiro como coisa do diabo, nem pensarmos que é coisa de rico corrupto, como compreendem alguns. Com o dinheiro devemos manter uma relação de respeito, utilizando-o sempre em ações positivas.

Vale lembrar a lição: do dinheiro você não é o servo, é o mestre.

Fala-se que advogado só pensa em dinheiro, que são carniceiros, avarentos e quejandos. Existem sim advogados desse jeito, mas sabemos que não é só na advocacia. O problema reside na formação moral de cada indivíduo.

Quanto mais elevação ética e espiritual tiver o profissional menor será a servidão de sua alma ao dinheiro. Verá ele que a paz, a consciência tranquila, seu bom nome, tem tanto valor quanto o dinheiro; não quer este último em detrimento dos primeiros.

Assim aconselha Benetido Calheiros Bomfim, um dos mais provectos advogados brasileiros, em seu livro Conselho aos Jovens Advogados:

"Ressalta o Código de Ética da OAB, em seu intróito, que cumpre ao advogado exercer a advocacia com despreendimento, jamais permitindo que o anseio de ganho material sobreleve à finalidade social de seu trabalho, devendo aprimorar-se no culto dos princípios éticos e da ciência jurídica, de modo a tornar-se merecedor da confiança do cliente e da sociedade como um todo, pelos atributos pessoais e pela probidade profissional".

Também consta no Código de Ética do Advogado o dever de preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza, a veracidade, a honestidade, a lealdade, a boa-fé, o decoro e a dignidade de sua profissão.

Agindo dessa maneira, o ganho material que advier de nossa profissão virá livre das vibrações horrorosas da ganância e da perfídia, e nossa consciência poderá repousar serenamente na rede de nosso lar.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A inclinação

Já dizia um grande filósofo que a inclinação é algo misterioso.

E o que é inclinação? É o pendor, a propensão, a tendência, a simpatia, a atração.

Por que certas pessoas tem inclinação para a música enquanto outras a tem para o comércio?

Umas para a arte e outras para a ciência?

Umas para ser isso e outras para ser aquilo?

É realmente algo misterioso. Isso faz parte da diversidade, da riqueza da existência, onde todos somos iguais e ao mesmo tempo diferentes.

Dizia Padre Antonio Vieira, no V Sermão da Quaresma:

"Os corações também têm orelhas: estai certos que cada um ouve não conforme tem os ouvidos, senão conforme tem o coração e a inclinação".

O orador, para ser bem-sucedido, há que ter a sensibilidade para perceber a inclinação do seu ouvinte, e temperar sua mensagem com essa misteriosa força que move o espírito humano.