quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Se for pra escolher, prefiro acriano!

Prezados amigos tanto faz para mim escrever acreano ou acriano; isso não me faz mais nem menos acreano ou acriano. Gosto da acrianidade, que contém cosmopolitismo; não do acreanismo, que contém barrismo.
Em todo caso palavras só são palavras!

Cumpre esclarecer que a palavra Acre vem de Aquiri, que por sua vez deriva do indígena Uakiry - não tem "e". De Aquiri, devido a um erro na grafia, numa carta enviada ao Pará, ficou Acri - com "i". Quando pronunciamos dizemos "acriano". Então pra quê tanta questão em escrevermos acreano?

Acriano está muito mais enraizado na nossa história e na nossa língua do que se pensa!

Ser for pra escolher, prefiro acriano!

Livros de cabeceira

Não tenho apenas um livro de cabeceira, tenho diversos livros de cabeceira, que variam quase que diariamente conforme o interesse de meu espírito.

 Hoje ele foram retratados assim, mas amanhã podem ser outros.

 É um espaço fluido onde há lugar para títulos diferentes e autores diferentes.

Forjado nos debates

Desde muito jovem fui forjado no debate de ideias, no movimento estudantil, cultural, sindical, partidário. 

Faço parte de uma profissão que a natureza dela é a convivência com o debate, com o ponto e o contraponto de opiniões e argumentos, com o contraditório, com a dialética. Questiono e sou questionado, naturalmente. 

Por isso acho muito infantil - bebê que não pode ser contrariado, que dá "pití", de humor sempre instável - aquele que se acha inquestionável, aquele que se acha insubstituível, isso tudo gera abuso de poder e privilégios. 

Uma mente mais madura, mais sólida, mais bem resolvida e autoconfiante, menos irritadiça, lidera sem grande estardalhaço quando se é contrariada ou mesmo quando sofre alguma oposição ou resistência. 

Conviver é saber respeitar o espaço democrático que é a vida, pois ninguém é absoluto!

Método cartesiano no júri popular

Quando preparo um júri, ou estudo uma causa, ou procuro conhecer algo, meu método é o cartesiano:

1º - evitar precipitação, preconceitos; 

2º - examinar, duvidar, interrogar, indagar, inquirir; 

3º - ordenar, planejar, catalogar, organizar; 

4º - revisar; 

5ª - expor com convicção e racionalidade.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

O que é a advocacia sem ética? O charlatanismo institucionalizado

Acompanhando as mudanças normativas de nosso Código de Ética e Disciplina. 

Advocacia sem ética não dura muito, e é um grande perigo pra quem assim a exerce. Advocacia consistente e valorosa é aquela exercida com ética e consciência.

O que é a advocacia sem ética? O charlatanismo institucionalizado.

Juiz não pode ignorar a vitimologia

Uma prática desprezível que eu acho é quando o juiz sai do lugar de sua imparcialidade e quer ser outra coisa, como delegado, promotor, ou mesmo legislador, ou às vezes, tudo, por exemplo, querer ser Deus, acima das leis.

 Li no site Confraria do Júri que a juíza Marixa Fabiane - que presidiu o julgamento do goleiro Bruno - promove a tese de que a defesa não pode mostrar aos jurados, em plenário do júri, o comportamento da vítima em caso de feminicídio, achando ela que isso fere a ética profissional do advogado e os direitos humanos da vítima. 

No mínimo desconhece, a juíza, o direito. O juiz deve examinar o comportamento da vítima para estabelecer a pena ao réu, segundo o artigo 59 do CP. No mínimo desconhece, a juíza, o direito, pois a legítima defesa existe pra se defender de uma agressão injusta da vítima; no mínimo desconhece que no homicídio privilegiado o réu age por violenta emoção logo injusta provocação da vítima. No mínimo desconhece uma ciência chamada Vitimologia. No mínimo desconhece ou despreza o princípio universal dos povos civilizados que garante a todos os réus o exercício da plena defesa.

 Além disso ela despreza também o Júri, juiz natural da causa, que é quem vai dizer se a defesa tem ou não razão ao mostrar o comportamento da vítima na deflagração do delito.

Enraizado em nossas tradições

Certo dia vieram até meu escritório um político influente e um maçom poderoso pedindo-me que eu não fizesse a defesa de determinada pessoa, alegando para tanto que éramos irmãos e amigos e que não esperavam de mim tal defesa. 

Ouvi-os com atenção, e depois de explicar a eles as minhas razões, contei-lhes a história de Péricles, sumo tribuno, líder de Atenas, e advogado grego. Um amigo de Péricles, muito rico e articulado na pólis, pediu a Péricles que manobrasse uma causa jurídica a seu favor. Péricles, então, falou-lhe: "Amicus ad ara". "Amigos, até a verdade". 

E foi assim que eu falei para o político influente e para o maçom poderoso que me pediam que eu não fizesse a defesa de uma determinada pessoa: "Amicus ad ara".

 Não ingressei neste milenar sacerdócio desenraizado de suas origens e tradições, para ser menino de recado ou fantoche de qualquer poder!

Platão e o domínio da raiva

Platão, certa vez, atingido pela raiva, quase agredia um escravo seu. 

Quando ia infligir o castigo domou sua atitude iracunda incompatível com um sábio. 

Depois disse ao escravo: "estas livre porque não pode ser senhor de ninguém quem ainda não é completamente senhor de si mesmo".

O poder da advocacia

É simples ver o poder da advocacia. 

Se o Lula for preso vai precisar de um advogado. 

Se o presidente da Câmara for preso vai precisar de um advogado. 

Se o presidente do STF for preso vai precisar de um advogado. 

Qualquer bonzão, ricão, deusão, poderososão, inquestionávelzão, na hora de se defender, socorrer-se-á de um advogado.

Sêneca: advogado destemido

Com risco a sua própria vida, disse o advogado Sêneca, da tribuna do Fórum romano, ao temido imperador Calígula:

"Entenda, imperador, que sirvo primeiro à Deus, depois à Filosofia, e só depois ao rei , se seus passos seguirem no caminho da virtude".

Foram homens desta natureza que me inspiraram a exercer com liberdade a advocacia; foram homens assim, da confraria do intelecto,  que me fizeram sentir o chamado para a oratória, para a filosofia, para o cultivo da razão.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

O mito do advogado

O Mito do Advogado, do americano Walter Bennett, é um livro clássico, que resgata nossa estima, que fortalece nosso prestígio e nossa relevância, que levanta nosso ânimo, que nos reconecta a dimensão íntegra, heroica, mitológica, romântica do ser advogado. 

O desânimo, a tristeza, a letargia, a sensação de impotência, a superficialidade, a vulgaridade que tomou conta da nossa profissão é decorrente da perda da alma da advocacia, de nossos referenciais dignificantes. 

Podemos - caso queiramos, como no mito de Parsifal em busca do Santo Graal - reencontrar essa alma, essa essência, beber novamente na fonte virtuosa de nossas mais belas tradições reavivando nossas forças, nossos ideais éticos, públicos e filosóficos.

Um ambiente limpo é a morada do divino

A limpeza do ambiente que nos cerca e de nosso interior, diminui o stress, a ansiedade, a sensação de moleza, a depressão, as doenças, o medo, a angústia, a preguiça, o aborrecimento, a irritabilidade. 

Um ambiente limpo é morada do divino.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Estoicismo: uma escola que torna o homem sábio

Uma das mais belas escolas da filosofia: o estoicismo. Uma escola que torna o homem sábio. 

Disse Sêneca: "O destino conduz aquele que a ele se submete inteligentemente, e arrasta aquele que a ele resiste". 

Segundo Marcos Sandrini, em As Origens da Filosofia Grega "importa, pois passar do número daqueles aos quais o destino arrasta para o número daqueles aos quais o destino conduz".

Sentenças do sábio Sêneca

"São os vícios da alma que deves deixar, antes disso nenhum lugar de agradará".

"Deves mudar de mente e não de paisagens".

"O que faço no meu silêncio? Curo as minhas doenças".

"O sábio vive satisfeito no agora".

"A riqueza serve ao sábio e dirigi o tolo".

"Não considero pobre aquele que vive satisfeito com o que tem".

"Nunca é segura a vida daqueles que vivem sob máscaras".

"Olha a virtude com respeito. Deixe de tolice e não zombe dela; venera-a! Quando ficas furioso contra o céu, mão vou dizer que cometes um sacrilégio, apenas lutas em vão."

"São sempre fortes e corajosas as palavras daqueles que se deixam guiar pela sabedoria".

"Feliz o homem que entrega à razão o governo de sua vida".

"Dedica-te a viver tranquilo".




segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Entrada de ano lendo Sêneca

Entrei o ano de 2016 lendo Sêneca, filósofo estoico, orador e advogado romano de grande profundidade moral,  intelectual e espiritual. 

Enfatiza, para se viver feliz, uma vida sem superstição e preconceitos, devotada à razão, ao equilíbrio, à moderação, à harmonia com a natureza. 

Ser feliz é ser virtuoso, praticar o bem e cultivar uma alma tranquila e imperturbável.