quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Feliz 2009

Desejo a todos um ano de muita luz, de muita paz, de muito amor, de muita saúde, de muita alegria, de muitas vitórias, de muita felicidade, da presença divina no coração de cada um de nós!

Amém!

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Um conceito clássico de retórica

Aristóteles define a retórica como "a faculdade de ver teoricamente o que, em cada caso, pode ser capaz de gerar persuasão."

É, de longe, o melhor conceito de retórica que já li.

Vejamos, em rápidos traços, o que está contido na definição.

"É a faculdade..." Está implícito neste termo, o dom, o talento, a capacidade, a clareza, a habilidade nata de quem fala.

"De ver teoricamente". Ou seja, com os olhos da mente, do pensamento, da intuição, da sensibilidade.

"O que, em cada caso..." É um príncipio. Cada caso é um caso. Tem suas peculiaridades, suas subjetividades, suas motivações, suas singularidades.

"Pode ser capaz..." Quer dizer, têm o poder, a força, o charme, o carisma, o encantamento, a poesia.

"De gerar persuasão". De dar a luz ao que ser quer, de levar a adesão com entusiasmo, de conquistar o espírito, o coração e a mente, de arrastar à ação.

O filósofo de Estagira deve ter trabalhado muito para encontrar essa definição de retórica, ou mais provavelmente, seja ela fruto dos insights da sua enorme inteligência. Aliás, quando Aristóteles adentrava aos portões da Acadêmica, seu professor, Platão, assim o recebia: "Aí vem chegando a inteligência".

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

A lei é o texto e o coxtexto

Li e gostei da reflexão. Compartilho do mesmo pensamento. O juiz burocrata geralmente é um homem infeliz, traumatizado, cheio de esconderijos interiores, sem graça, imaturo e burro, embora se ache inteligente; e é acima de tudo, espiritualmente feio, embora muitos até arrotem religiosidade. Mas não adianta ir a igreja rezar e ...

"Nelson Rodriguês disse, que no futebol, o pior cego é o que só vê a bola. Poder-se-ia acrescentar que, no direito, o pior cego é o que só vê a lei. Sim, a lei há de ser vista, como também há ser visto o contexto social, as circunstâncias que envolvem a lei, para preservar a dignidade humana.

Casos há, e muitos casos, em que a dignidade humana é arranhada. Emblemático é o caso conhecido de todos, da bóia-fria Iolanda Figueiral, idosa de 79 anos, paciente terminal de câncer, com menos de 40 quilos, falecida no início de novembro de 2006. O juiz que lhe negou a liberdade provisória só olhou a lei e nada mais que a lei. Decisão posterior reformou a sentença, levando em consideração fatores outros que não a letra da lei.

Ao juiz faltou-lhe bom senso, por não dimensionar sua decisão. Há juízes que tornam-se verdadeiros burocratas. Nesse caso, nem haveria mister de juízes. Computadores, como já lembrava Perelman, poderiam aplicar as normas legais".

Antonio Henriques, no livro Argumentação e Discurso Jurídico, Editora Atlas, 2008.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Maneira de dizer as coisas

Para Aristóteles, três são as fontes para se lograr êxito na oratória: a fonte do lógos, a fonte do páthos, e a fonte do éthos .

Dentre outras coisas, o lógos é a razão, o páthos é a paixão, e o éthos é a maneira de expressá-los.

No livro Argumentação e Discurso Jurídico, do advogado Antonio Henriques, ele explica que são características do éthos, a ponderação, a sinceridade e a agradabilidade.

Lembrei-me imediatamente do conto do Sultão sem dente, que reproduzo abaixo, com as ponderações da redação do Momento Espírita. Que sirva como exemplo para aperfeiçoarmos nossa comunicação.

...............

Uma sábia e conhecida anedota árabe diz que, certa feita, um sultão sonhou que havia perdido todos os dentes.

Logo que despertou, mandou chamar um adivinho para que interpretasse seu sonho.

- Que desgraça, senhor! Exclamou o adivinho.

- Cada dente caído representa a perda de um parente de vossa majestade.

- Mas que insolente – gritou o sultão, enfurecido. Como te atreves a dizer-me semelhante coisa? Fora daqui!

Chamou os guardas e ordenou que lhe dessem cem açoites.

Mandou que trouxessem outro adivinho e lhe contou sobre o sonho.

Este, após ouvir o sultão com atenção, disse-lhe:

- Excelso senhor! Grande felicidade vos está reservada. O sonho significa que haveis de sobreviver a todos os vossos parentes.

A fisionomia do sultão iluminou-se num sorriso, e ele mandou dar cem moedas de ouro ao segundo adivinho.

E quando este saía do palácio, um dos cortesãos lhe disse admirado:

- Não é possível! A interpretação que você fez foi a mesma que o seu colega havia feito. Não entendo porque ao primeiro ele pagou com cem açoites e a você com cem moedas de ouro.

- Lembra-te meu amigo – respondeu o adivinho – que tudo depende da maneira de dizer.

Um dos grandes desafios da humanidade é aprender a arte de comunicar-se. Da comunicação depende, muitas vezes, a felicidade ou a desgraça, a paz ou a guerra.

Que a verdade deve ser dita em qualquer situação, não resta dúvida. Mas a forma com que ela é comunicada é que tem provocado, em alguns casos, grandes problemas.

A verdade pode ser comparada a uma pedra preciosa. Se a lançarmos no rosto de alguém pode ferir, provocando dor e revolta.

Mas se a envolvemos em delicada embalagem e a oferecemos com ternura, certamente será aceita com facilidade.

A embalagem, nesse caso, é a indulgência, o carinho, a compreensão e, acima de tudo, a vontade sincera de ajudar a pessoa a quem nos dirigimos.

Ademais, será sábio de nossa parte se antes de dizer aos outros o que julgamos ser uma verdade, dizê-la a nós mesmos diante do espelho. E, conforme seja a nossa reação, podemos seguir em frente ou deixar de lado o nosso intento. Importante mesmo, é ter sempre em mente que o que fará diferença é a maneira de dizer as coisas...

***
A sublime arte da comunicação foi sabiamente ensinada por Jesus.

Ele falava com sabedoria tanto aos doutores da lei quanto às pessoas simples e iletradas.

Há pessoas que se dizem bons comunicadores mas que não conseguem fazer com que suas palavras cheguem aos corações e às mentes.

Jesus, o comunicador por excelência, falava e Suas palavras calavam fundo nas almas, porque aliava às palavras, os Seus atos, ou seja, falava e exemplificava com a própria vivência.

O grande segredo para uma boa comunicação, portanto, é o exemplo de quem fala.

sábado, 27 de dezembro de 2008

Chora pela liberdade mas não respeita os passarinhos

Foi uma luta para tirá-lo da cadeia. Passou uma boa temporada por lá.

Cabra frouxo, chorava quase todos os dias.

Os presos mais antigos não gostavam dessas sensibilidades todas.

"Cala boca bichona". "Tá com medo de pegar chifre da mulher?" "Que coisinha sensível".

"Comete o crime e não é macho suficiente para cumprir a pena".

Por incrível que pareça, avistei o novo carcereiro, no dia de natal, todo paramentado andando pelas ruas do Bairro. Farseiro, assobiando, curtindo a liberdade.

Calça do exército, chapéu do exército, blusa do exército, parecia que vinha da guerra. Todo orgulhoso, trazendo um troféu em suas mãos sujas: um curió preso numa gaiola.

Que cabra sem-vergonha, rapaz!

Tanto tempo na cadeia e ainda não aprendeu a respeitar a liberdade dos passarinhos.

A roda gigante da justiça continua girando.

A cadeia que esse indivíduo pegou não foi suficiente para ressocializá-lo.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

A fina energia da salvação

Feliz natal para todos nós.

De muita luz, de muita paz, de muito amor.

De divina presença de Jesus.

Obrigado a todos os que me acompanharam por meio deste blog.

Que comentaram as matérias enriquecendo assim o texto escrito.

Espero ter contribuído de alguma maneira com aqueles que visitaram-me por este espaço da tecnologia.

Cresci e aprendi um tanto, graças a Deus.

Deixo essa poesia com muito carinho a todos os meus leitores e amigos. Que a energia e a alegria que ela manifesta possa morar no nosso coração:

A vida é uma festa

Voa, voa, borboleta
Beija as flores da floresta
Vem dizer a toda gente
Que a vida é um beijo fremente
Que a vida é uma linda festa!

Voa, voa, borboleta
Pousa aqui na minha testa
Vem dizer-me de mansinho
Com amor e com carinho
Que a vida é uma linda festa!

Voa, voa, borboleta
Cantanto alegre seresta
Canta, canta ao mundo inteiro
Mas a mim canta primeiro
Que a vida é uma linda festa!

Voa, voa, borboleta
Que o teu vôo não molesta
Teu voar é como a dança
Que deixa a gente criança
Que faz da vida uma festa!

Voa, voa, borboleta
Por todo o tempo que resta
O teu vôo é uma canção
Cantando ao meu coração
Que a vida é uma linda festa!

Borboleta, borboleta
Agora as asas me empresta
Que eu também quero voar
Que eu também quero anunciar
QUE A VIDA É UM A LINDA FESTA.

Lauro Trevisan

O advogado é um historiador é um ator é um poeta

Segundo Stephen Horn, no livro Em sua Defesa, o julgamento de um acusado é um peça de teatro. Nela há um conceito moral a ser apreciado pela platéia. O bom advogado é o produtor, o diretor e o astro.

Mas antes de tudo isso, ele é o historiador. Pesquisa e narra um sequência de fatos que levaram a tragédia, empenhando-se em entender de que modo as pessoas pensaram, agiram e se relacionaram umas com as outras, suas motivações, suas indiossincrasias, seus hábitos, costumes e predileções, tudo para reconstruir e interpretar o passado de uma maneira mais favorável ao seu cliente.

Não é fácil ser advogado.

Há de ser ator, há de ser historiador, há ainda de ser poeta, para imprimir cor, brilho, tom, ritmo, cadência, enlevo e transcedência ao que se diz.

A peregrinação do advogado pelo complexo ato de julgar

"Raramente as coisas são do modo como se apresentam por qualquer dos envolvidos. A isso, você tem que misturar erros de percepção, lembranças imprecisas, alucinação, histeria, racionalização de desejos e mentiras deslavadas."

"No mundo do direito, no mundo real, não existem pontos de vista objetivos. Todos levam a sua própria subjetividade ao processo: promotores, advogados, clientes, testemunhas, juízes...principalmente juízes".

As duas citações acima foram extraídas do livro Em sua defesa, de Stefhen Horn.

Essas observações revelam o caminho tortuoso para se chegar a verdade dos fatos.

O advogado sensível não despreza os elementos ocultos - que ora podem ser nobres, que ora podem vis - e que compõem o complexo ato de julgar.

Cabe ao advogado talentoso, perspicaz e intutitivo limpar a estrada que leva à justiça, mergulhando nas subjetividades (emoções, desejos, pensamentos) dos outros, burilando as boas e combatendo as más, com habilidade, com inteligência e com firmeza.

O peregrino não chega ao seu destino sem combater os fantasmas que atrapalham o caminho.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

A beleza no júri

Acabo de ler o livro Em sua Defesa, de Stephen Horn, ex-promotor de justiça, que participou de importantes investigações judiciais dos EUA, como a que envolveu o assassinato de Martin Luther King Jr.

Trata-se de um romance de tribunal, muito aplaudido pela crítica, e que figurou, quando de seu lançamento no ano de 2000, nas primeiras posições dos mais vendidos do New York Times.

Gosto desses livros pelas lições que aprendemos.

Numa das passagens da obra de ficção, diz o advogado Frank O´Connel, em relação a sua cliente:

"Eu seria capaz de imaginar uma estratégia de defesa em torno apenas dos dotes físicos dela - conseguir um júri formado só de homens. Colocá-la no banco dos réus e fazer com que ela olhasse nos olhos deles e falasse: eu sou inocente."

Eu posso

Ainda adolescente gostava muito de ler os livros de Lauro Trevisan, escritor, poeta, professor, especialista no poder da mente.

Quando estava no seminário li O Poder Infinito de sua Mente, o mais famoso livro do autor.

De fala simples e espirituosa, todo mundo entende o que ele diz, inclusive suas poesias.

Dizia Pontes de Miranda, respeitado jurista brasileiro, que um livro que não se entende merece ser jogado fora. Graças a Deus que já não perco tempo lendo coisa difícil de entender.

Ontem, vasculhando minha biblioteca, encontrei um antigo livro de Lauro Trevisan - o Poder da Inspiração-, uma coletânea de várias poesias, e reli Eu posso.

Espero que a leitura desta mensagem possa renovar nosso imenso poder interior.

Mesmo que o mundo caísse

E sobre nós explodisse

Destruindo o que era nosso

Eu Posso.

Mesmo que eu desabasse

E nada mais me sobrasse

Senão ver tudo em destroço

Eu posso.

Mesmo que abismos medonhos

Enterrem todos os meus sonhos

Nas profundezas de um fosso

Eu posso.

Mesmo que todas pessoas

Neguem minhas coisas boas

Nem por isso eu me alvoroço

Eu posso.

Mesmo que um grande fracasso

Queira barrar o meu passo

Eu não paro e não acosso

Eu posso.

Mesmo que eu seja vencido

Muito cedo envelhecido

Eu subo, seu sigo, eu remoço

Eu posso.

Eu posso renascer agora

Eu posso refazer a aurora

Eu posso iluminar o meu caminho

Eu posso dar a mão ao meu vizinho.

Eu posso beijar o esfarrapado

Como beijo as flores do prado.

Eu posso ter um mundo de riqueza

Eu posso ver a Deus na natureza.

Eu posso encher de amor o coração

E fazer desta vida uma canção.

Eu posso e sei que é preciso

Fazer da vida um paraíso.

Eu posso - é a força da energia

Que explode em mim e se irradia.

Eu posso - é a oração da divindade.

Que produz em mim realidade.

Eu posso erguer os olhos para o céu

E ver tudo branco como um véu.

Eu posso reconstruir a minha casa

Eu posso ter tudo que me apraza.

Eu posso renovar a minha saúde

Pois na vida não há nada que não mude.

EU POSSO - é oração bendita

Da minha Força Infinita.

Eu posso perdoar meu inimigo

Porque vem a mim tudo o que eu bendigo.

Eu posso fazer da vida uma festa

Por todo o tempo que me resta.

Eu posso! Eu posso!Eu posso

Porque este mundo todo é nosso.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Tribunal que só condena é o do nazismo e o do stalinismo

Seguro, capaz, corajoso, assim se comportou o Presidente do Supremo Tribunal Federal, na entrevista que concedeu ao Programa Roda Viva, do dia 15 de dezembro.

Mostrou espírito público e visão democrática. Não titubeou, não transigiu com os valores da civilidade jurídica.

Defendeu a soberania da Constituição e a moralidade dos processos criminais.

Se não fosse esse eminente ministro do STF esse país já tinha mergulhado na fumaça escura da câmara de gás do nazismo.

Aliás, assim verberou Gilmar Mendes:

"Tribunal que só condena é o do nazismo e o do stalinismo".

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Nos domínios da alta oratória

Você não encontrará esta lição em nenhum compêndio de oratória.

O grande místico, orador e pensador Osho ensina-nos que é preciso silenciar a mente para mergulhar nos segredos do interior da alma, fonte onde as palavras são geradas, local de grande beleza e poesia. Só se chega lá sem os ruídos da mente tagarela.

Mas não basta chegar até lá, é preciso trazê-las ao mundo da mente resguardadas de todas as impurezas e de todos os barulhos mentais.

Para que a mente seja o instrumento das palavras é preciso encontrar-se renovada e cheia de energia e vigor, descansada e limpa. Dessa forma, tudo o que você disser estará cheio de autoridade, de verdade, de sinceridade e terá grande significado.

Você pode até repetir as mesmas palavras de antes, mas, quando a mente está fortalecida e descansada, elas ganham novo impacto e poder de convencimento.

A pessoa carismática é aquela que sabe silenciar a mente, para relaxar e encontrar as energias das palavras. Tudo o que ela fala soa como poesia.

Ela não precisa fornecer provas ou demonstrações lógicas do que está dizendo - sua própria energia já basta para influenciar as pessoas.

Quando se aprende a silenciar a mente, usando-a somente quando necessário, ela concentra tanta energia que cada palavra pronunciada atinge diretamente o coração. Há quem considere hipnóticas as mentes de pessoas com personalidades carismáticas. Elas são poderosas e refrescantes, uma eterna primavera.

Do coração de um amigo

Leandrius Muniz enviou-me o email abaixo. Quando ele gosta de uma pessoa ele gosta mesmo, mas quando ele não gosta, saia de perto...

Obrigado, Leandrius, pela sua amizade e pelas palavras elogiosas a mim dirigidas. Recebo com carinho as boas energias que a mim vieram com a sua mensagem. Espero um dia honrá-las.

Dizem que é preferível uma crítica que constrói a um elogio que corrompe. E isso é verdadeiro. Não no presente caso, donde o elogio nasce do coração de um amigo.

Magnânimo Sanderson:

Estamos a poucos dias do fim do ano de 2008.

É com alegria que escrevo para meu dileto amigo.

Normalmente escrevemos mensagens desejando um feliz natal e prospero ano novo, não que não deseje isso, claro que tambem escrevo para isso.

Mas escrevo principalmente para lhe parabenizar pelo sucesso profissional que Vossa Excelencia obteve no ano de 2008.

Sem questionamento, a maior personalidade do mundo juridico do ano de 2008, foi o jovem e brilhante criminalista Sanderson Moura.

Os limites do Acre ja estão pequeno para tanto conhecimento. Quero ver seu nome brilhando nas tribunas dos outros estados de nosso imenso Brasil.

Lembro-me com alegria, no terceiro período de faculdade, quando fomos assistir o primeiro juri, onde estavam sentados nas cadeiras dos defensores meu querido mestre Antonio Araujo e meu querido amigo, acadêmico concludente de direito Sanderson Moura.

Naquela hora me veio o Sanderson militante político, aguerrido, combatente, dinâmico, determinado... que levou a mesma alegria e força para o tribunal.

Saiba que tenho muita honra em saber que sou seu amigo e que tenho um amigo tão capaz.

Encerro, pedindo ao nosso pai maior que lhe proteja e que lhe conceda um 2009 melhor do que o 2008.

Tambem aproveito para pedir uma oportunidade de aprender com seus conhecimentos, se tiver alguma vaga no escritorio, nem que seja de organizador de livros, eu aceito... no momento preciso aprender para poder caminhar.

Um grande abraço, do amigo e admirador.

Leandrius Muniz

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

No ritmo da lua

A lua pode ter um grande efeito sobre as pessoas. Então preste atenção e use-a seu favor. Mantenha um diário durante pelo menos dois meses e acompanhe as fases da lua.

Comece com a lua nova e escreva como você se sentiu nesse dia. Continue descrevendo seu cotidiano na lua crescente, depois na lua cheia, depois na lua minguante. Você vai percebendo que há um ritmo e que seus humores se movem de acordo com o ritmo da lua.

Quando você tiver mapeado seu próprio ritmo com precisão, poderá fazer muitas coisas. Poderá saber de antemão, por exemplo o que irá acontecer no dia seguinte e se preparar para isso. Se a previsão mostrar que você se sentirá triste, aprecie essa tristeza. Não lute contra ela, use-a, porque a tristeza também pode ser usada.


Osho

Da lua crescente para a lua cheia

Somos filhos do universo, irmãos da lua.

Todas as noites olho para o céu e contemplo a beleza da lua na expansão do infinito.

A lua crescente, que hoje chega ao término, sempre me foi muito querida, poética, encantadora.

Do dia 5 ao dia 11 de dezembro realizei três júris, no ritmo crescente da rainha da noite. Todos deram certos.

Amanhã será lua cheia, é o ápice de todo o esplendor, da força total, da energia, do magnetismo, da influência, da sedução "dessa linda vela acesa no altar da natureza", na vida de todos nós.

Deus seja glorificado.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Dia da justiça III

Louvor à justiça

"Oh justiça tu me és tão cara como as gostas de sangue que visitam meu coração"


Shakespeare.
Como o ar que respiro.

Como o sol que me aquece.

Como a água que me refresca.

Como o alimento que me fortaleçe.

Tu és o útero que abriga a verdade, a consciência, a paz.

Tu és o meu pão de cada dia.

A luz do meu dia.

A estrela que me guia.

Dia da Justiça II

O prazer da justiça

"Não há felicidade, não há liberdade, não há prazer na vida se o homem não puder dizer ao levantar-se de manhã: estarei sujeito hoje a decisão de um sábio juiz."


Daniel Webster, advogado americano.

Dia da Justiça I

A justiça vem da consciência.

"Há no mundo do espírito um princípio inato de justiça e de virtude pela qual julgamos as nossas ações e as do próximo como boas ou más, e esse princípio chamo de consciência. Instinto divino, voz celeste, juiz infalível do bem e do mal".

Rosseau

sábado, 6 de dezembro de 2008

A verdadeira riqueza é a espiritualidade

As grandes verdades da vida estãos inscritas nas pequenas frases, nascidas da sabedoria de nossos antepassados.

Na máxima"o pouco com Deus é muito, e o muito sem Deus é nada", nos ensina que a verdadeira riqueza é a espiritualidade.

Assim podemos entender melhor o que Jesus nos ensinou: "Buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça e tudo o mais vos será acrescentado".

E ele mesmo falou que "o Reino de Deus está dentro de vós."

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

O prazer de demolir sofismas

Nos debates orais dos julgamentos forenses é comum nos depararmos, nestes tempos magros de virtudes, com inúmeros sofismas.

São aqueles argumentos falaciosos, falsos, cavilosos, embusteiros, com rigorosa aparência de verdade, geralmente usados para satisfações imorais.

O sofisma é incompatível com a verdade e a justiça.

Busca, o sofisma, a prevalência do engodo, apresentando-se como verdadeiro.

E assim como a justiça é filha da verdade, a injustiça é filha da mentira.

Não existe espaço para o sofisma na pureza da alta oratória judiciária.

Assim como a treva não penetra na luz, o sofisma não penetra na verdade.

Tenho me aperfeiçoado no combate ao sofisma, estudando-o, analisando-o, para que essa erva-daninha não germine no Templo da Justiça.

Demolir sofismas, destruir falácias, desmascarar mentiras, é o dever e o prazer de todo homem de bem.

O Guerreiro da Luz

"Todo guerreiro da luz já ficou com medo de entrar em combate.

Todo guerreiro da luz já traiu e mentiu no passado.

Todo guerreiro da luz já falhou em suas obrigações espirituais.

Todo guerreiro da luz já disse sim quando queria dizer não.

Todo guerreiro da luz já feriu alguém que amava.

Por isso é um guerreiro da luz; porque passou por tudo isso, e não perdeu a esperança de ser melhor do que era."


Palavras Essenciais - Paulo Coelho

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

No Templo da Justiça de Salomão

Sinto-me tão bem quando entro no Salão do Júri.

No templo que Salomão criou para distribuir a Justiça.

É um lugar onde renovo minhas energias, onde fortaleço minha missão. Para mim é um espaço místico.

"Mas como, se lá só se fala em violência, em sangue, em morte, na mulher que quis ficar com uma criança que não era dela?" Alguns podem pensar.

Mas eu não me ligo nesta força. Estou sintonizado na faixa da vida, da liberdade, da mulher que ofereceu seu filho a falsária para não vê-lo cortado pela espada do sábio rei, e desse amor a verdade nasceu, e da verdade a justiça se fez.

No jogo das polaridades está o encanto, o enlevo, o charme da roda gigante da Justiça.

No júri, a dialética.

A prisão e a liberdade.

O azar e a sorte.

A verdade e a mentira.

O amor e a ira.

A paz, a guerra.

O homem, a fera.

A injustiça.

O trabalho, a preguiça.

Deus e o demônio.

A culpa e a inocência.

A escuridão e a clareza.

O tudo, o nada.

O vício, a virtude.

O velho, a juventude.

A tirania, a democracia.

A riqueza, a pobreza.

A loucura e a sanidade.

O orgulho e a humildade.

A inteligência, a ignorância.

A calma, a ânsia.

O ataque, a defesa.

E a tese e a antítese.

E a síntese, sempre harmônica.

Sempre salomônica.