terça-feira, 23 de dezembro de 2008

A peregrinação do advogado pelo complexo ato de julgar

"Raramente as coisas são do modo como se apresentam por qualquer dos envolvidos. A isso, você tem que misturar erros de percepção, lembranças imprecisas, alucinação, histeria, racionalização de desejos e mentiras deslavadas."

"No mundo do direito, no mundo real, não existem pontos de vista objetivos. Todos levam a sua própria subjetividade ao processo: promotores, advogados, clientes, testemunhas, juízes...principalmente juízes".

As duas citações acima foram extraídas do livro Em sua defesa, de Stefhen Horn.

Essas observações revelam o caminho tortuoso para se chegar a verdade dos fatos.

O advogado sensível não despreza os elementos ocultos - que ora podem ser nobres, que ora podem vis - e que compõem o complexo ato de julgar.

Cabe ao advogado talentoso, perspicaz e intutitivo limpar a estrada que leva à justiça, mergulhando nas subjetividades (emoções, desejos, pensamentos) dos outros, burilando as boas e combatendo as más, com habilidade, com inteligência e com firmeza.

O peregrino não chega ao seu destino sem combater os fantasmas que atrapalham o caminho.

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