Sou um estudioso da ciência retórica. Tenho muitos livros, dos clássicos aos modernos.
Mas nesses livros não encontrei a essência do que procurava: falar bem.
Muitos modelos, muitas técnicas, muitos métodos e estratégias de argumentação eles apresentam. Mas a quintessência não achei.
Via Cícero, via Demóstenes, via Danton, via Trotski, via Hitler, e tantos outros, nos seus magníficos discursos.
No entanto, sentia que a substância que buscava não conseguia encontrar.
Foi quando comecei a achá-la. Na voz doce de Jesus. Na profundidade dos ensinamentos de Krishna, na palavra de Luther King, na eloquência de Ghandi.
Encontrei o que é falar bem. Com amor no coração, com respeito, com voz convicta, com gestos firmes, com ideiais elevados, com naturalidade, com ollhar sereno, com ética, tudo como se fosse uma canção sublime.
A verdade conduzindo tudo para o bem. Nada de falsidade, de impuro, deve haver na palavra do orador, do condutor, do líder.
Isso é o que convence, que orienta, que se eterniza. Só falar para o espírito do homem e não para o ego de sua carne.
Achei o que eu precisava, não foi fácil, a caminhada foi longa, e tudo que se conquista tem uma sabor mais elevado.
Posso dizer: dissipou-se as trevas da minha ilusão, revelou-se-me o que eu procurava.
Um comentário:
O discurso do amor da razão não precisa ser proferido aos berros com olhos injetados de ódio e rancor. Quando um grande homem fala todos silenciam para ouvi-lo, inclusive seus inimigos, para poder aprender com ele.
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