O promotor gritou: "Eu sou imparcial, posso tanto pedir a condenação como a absolvição, o senhor não pode, tem sempre que pedir a absolvição do seu cliente."
O advogado respondeu: "Quem disse que o senhor é imparcial, se o senhor fosse imparcial não precisava de juiz aqui. Eu também posso pedir a condenação, peço para tirar uma agravante, peço para reconhecer uma atenuante, peço para que a pena seja aplicada na justa medida."
O promotor gritou: " Eu sou defensor da sociedade, o senhor, do indivíduo."
O advogado respondeu: "Onde está sua procuração, a sociedade lhe outorgando exclusivamente tanto poder? Da mesma forma que o senhor é, eu também sou representante da sociedade. Se ela tem interesse na punição do culpado, também tem interresse na absolvição do inocente".
"O promotor gritou: "O senhor está sendo pago para defender".
O advogado respondeu: "Vossa Excelência não estar aqui de graça. Recebe muito dinheiro. Enquanto eu recebo só do cliente, o senhor recebe tanto do cliente como do pai do cliente, da mãe do cliente, da família do cliente, dos amigos do cliente, que pagam seus impostos para sustentar o seu salário."
Vendo que estava sem argumentos, o promotor apelou: " O senhor é o advogado do diabo".
O advogado respondeu: " O senhor sabe quem é o Acusador, é o Satanás, doutor, é o Satanás".
Assim, o advogado conseguiu calar o acusador.
Um comentário:
O promotor tem essa fraqueza de pavonear-se da posiçao que ocupa como se sozinho fosse capaz de fazer justiça à toda humanidade, reconhcendo cada um de seus crimes e culpas.
Recomendo a essa classe que tomem um bom banho de humanidade lendo
"Crime e Castigo" do mestre Dotoievski. Ali se tem a noção da justa condenação a uma consciencia já transtornada pela culpa.
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