O uso de celulares nas audiências virou uma praga.
Usa o juiz, usa o promotor, usa o advogado.
Às vezes a audiência é suspensa para que algum boçal possa atender a um chamado telefônico.
O engraçado de tudo isso é que a testemunha não pode atender celular, nem o reú, nem a assistência.
No Júri o jurado nem sonha em fazer o que os homens da lei fazem.
Já que o juiz, o promotor e o advogado atendem os celulares, todo mundo estar, a partir de agora, autorizado a atender também.
Se eles podem, as testemunhas podem, os réus podem, os policiais podem, todos ali podem. Vai virar um verdadeiro festival de toques de celulares.
Uns com a música do flamengo, outros com a música do corintians, outros com irritante "atende, atende o celular, atende, atende...", outros com o "amo você muito do tamanho do universo". E o beijo traz sonoridade ao ambiente.
Isso se chama princípio da isonomia, e estar albergada constitucionalmente. Se uns podem os outros podem também.
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