Participei hoje de uma audiência com o meu amigo Jair de Medeiros.
Foi nomeado pelo juiz Jair Facundes para defender um réu pobre. Por dever profissional aceitei a defesa. Nem só de pão o homem vive.
Aqueles que tentaram criar cizânia entre mim e o doutor Jair de Medeiros, devido a crônica que publiquei intitulada Uma tese difícil de ser pronunciada, perderam seu precioso tempo.
Doutor Jair, advogado acostumado ao contraditório, não se rende aos fuxicos e às malidicências de linguas mentirosas e invejosas.
No final da audiência, vi quando o doutor Jair saiu, retornando uns cinco minutos depois, com ar triunfante.
O Jair disse ao juiz que tinha um requerimento a fazer, e assim o fez.
Passou quase um minuto citando artigos e incisos de leis sem consultar nenhum Código. Fiquei admirado com tanta memória. Coisa bonita de se ver.
O juiz da audiência questionou-o sobre um determinado inciso, se realmente a numeração estava correta. "Está sim", disse o Jair.
Na dúvida, o magistrado consultou a Constituição, e era aquela numeração mesma.
Perguntei ao Jair, baixinho, ainda em audiência, como ele conseguia decorar aquilo tudo. Ele me respondeu sussurando, bem perto do meu ouvido:
- "Me preparei ali fora. Li tudo bem lidinho, antes de entrar, é assim que a gente faz para impressionar".
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