O código dos samurais, o Bushido, escrito há mais de 300 anos, aconselhava o guerreiro a ter medo de morrer, como forma de burilar o caráter e refinar o espírito.
Pensar na morte, da aurora ao arrebol, evitava a má conduta e os erros dos samurais e conseqüentemente a reação daqueles que foram vítimas de sua maldade.
No último júri que fiz citei o Bushido, nos seguintes termos:
"Tem que ter medo de morrer o advogado que pega o dinheiro do cliente e o engana. Tem que ter medo de morrer o delegado que prende sem razão alguma. Tem que ter medo de morrer o promotor que acusa sem provas. Tem que ter medo de morrer o juiz que condena sem base. Tem que ter medo de morrer todo aquele que prejudica injustamente uma pessoa".
Se trilhamos na linha do reto proceder, na prática fiel do bem, nenhum mal pode nos atingir.
Quando alguma autoridade anda cercada de seguranças é porque alguma coisa injusta anda fazendo com alguém. A impressão que passa não é das melhores.
O medo de morrer nos aperfeiçoa, e como diz o Bushido, nos dá uma personalidade notável, à medida que procuramos evitar o mal e promover a justiça, com os pesos bem medidos. E se a morte vier, neste caso, será para a glória dos nossos ideais e não para a vergonha de nossos descendentes.
Um comentário:
Caro Sanderson,
Fico feliz em ver como a maturidade e a ponderação tem chegado para todos nós, pois provavelmente há alguns anos, (quando ambos éramos rubros demais) não teria lido as palavras que ora encontro.Quão satisfeita fico ao perceber que não somos os mesmos de uma década atrás. Assim como você guardo as claúsulas pétreas, os direitos e garantias constitucionais, por isso entendo suas escolha e as respeito. Acredito no direito a diversidade de pensamentos, atos e palavras dentro do Estado de Direito, Constitucional e Democrático, creio que todos nós ganhamos com isto.
Postar um comentário