quinta-feira, 17 de julho de 2008

A pureza da Justiça


Está limpo? Está puro? Então pode julgar, mas sem acrescentar um grama sequer no seu julgamento.

Não estando assim, é melhor não julgar.

Aprendi com Tolstoi que culpar os outros é sempre errado, porque ninguém pode saber o que aconteceu e continua acontecendo na alma daquela pessoa.

Nós, com muita freqüência, julgamos parcial e cegamente. Chamamos uma pessoa de boa, outra de estúpida, uma terceira de má, a quarta de inteligente. Mas o homem flui e muda, constantemente. O mau pode se tornar bom, o injusto pode se tornar justo, o estúpido pode se tornar inteligente.

Para mostrar que somos bons não precisamos denegrir a imagem de ninguém.

O Talmude aconselha a jamais culpar o próximo antes de ter estado em seu lugar. É o melhor caminho para se chegar a verdadeira Justiça.

Tão perigosa é a missão de julgar que Jesus aconselhava a não fazer. Quem quer julgar se analise primeiro, se limpe primeiro, antes de proferir a sentença. Manter o equílibrio da balança da Justiça é dever das consciências elevadas.

Na Grécia Antiga, o ato de julgar era tão sagrado, que antes de iniciar o julgamento, havia queima de incenso e aspersão de água benta no recinto, em esconjuro à maldade dos homens e dos demônios.

A Justiça, por ser pura, não se manifesta àqueles que a procuram com as palavras, os sentimentos e os pensamentos maculados pelo mal. Tente buscar a Justiça da maneira mais pura que você puder, e verá como ela aparecerá, graciosa, perfumada, reluzente e misteriosa, suavizando a vida e lhe trazendo paz.

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