Há alguns dias concluí o curso de Direito, estou em um momento feliz da vida. Venci uma etapa e estou começando outra muito importante.
Durante esses anos de academia jurídica conheci diversos profissionais do ramo do direito, estagiei em diversos locais e tive alguns professores que atuam em diferentes áreas, advogados, promotores, delegados, defensores, bacharéis, etc., e com cada um aprendi alguma lição jurídica e de vida. E minha certeza foi sempre aumentando "quero advogar".
Sem desmerecer nenhum estágio, considero o mais importante o da Defensoria Pública, pois aprendi a ser cidadão, a ter sensibilidade com o próximo e a lutar pela justiça e, acima de tudo aprendi a advogar.
A nossa lei maior, em seu art. 133 diz:
"O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei".
Estou começando minha vida, estou na flor das 23 primaveras, mas sei que quero seguir os passos dos meus mestres e daqui uns dias ser mestre igual ou melhor do que eles me foram.
Comumente vemos a indignação de toda uma sociedade com fatos que nos chocam e, sempre ouvimos, "que fulano não pode ter defesa, que quem defende bandido só pode ser mercenário" e outras tantas barbaridades, hoje nosso filho pode ter sido assassinado e vamos querer justiça e se nosso filho fosse o assassino, não iríamos querer uma pena justa e um julgamento sério.
Pergunto-me sempre: Haveria justiça sem o advogado? A constituição diz que não.
Mas acima dessa vontade alucinante de advogar, existe uma reserva de mercado escancarada, o famoso exame de ordem, onde a OAB acha que avalia alguma coisa e nos fingimos que somos avaliados também.
Hoje é mais barato fazer uma inscrição num concurso para juiz do que fazer a inscrição na prova do exame de ordem. Sei que os brilhantes advogados que seguimos, em sua grande maioria não fizeram tal exame e, nem por isso deixaram de ser brilhantes.
Leandrius de Freitas Muniz
Bacharel em Direito
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