"Errare humanum est"
Com muita relutância aceitei defender um amigo que estava enrolado na Justiça do Trabalho. Para me ajudar, convidei o Dr. Luciano de Melo, mais dado ao direito trabalhista do que eu. O empregado exigia um monte de coisas, e o empregador alegava que ele tinha apenas prestado serviço, sendo religiosamente pago para isso.
Acontece que o empregador, rapaz bastante agitado, escondeu de nós uma parte da verdade. Na audiência, o reclamante fez algumas perguntas a uma das testemunhas, que levava ao convencimento de que, embora tivesse prestado apenas serviço, o trabalhador também exerceu, nos quatro meses em que lá passou, atividades típicas de relações de emprego.
Com muita relutância aceitei defender um amigo que estava enrolado na Justiça do Trabalho. Para me ajudar, convidei o Dr. Luciano de Melo, mais dado ao direito trabalhista do que eu. O empregado exigia um monte de coisas, e o empregador alegava que ele tinha apenas prestado serviço, sendo religiosamente pago para isso.
Acontece que o empregador, rapaz bastante agitado, escondeu de nós uma parte da verdade. Na audiência, o reclamante fez algumas perguntas a uma das testemunhas, que levava ao convencimento de que, embora tivesse prestado apenas serviço, o trabalhador também exerceu, nos quatro meses em que lá passou, atividades típicas de relações de emprego.
O paciente tinha escondido coisas do médico. Assim comparamos quando pedimos ao cliente que nos conte toda a verdade.
Na tentativa de recuperar os estragos, levantei-me da cadeira, e de fininho, caminhava em direção à porta, com destino às outras testemunhas, para pedi-las que esclarecesse melhor a situação.
Quando fui saindo de mansinho, ouvi o falar irritado da juíza: "Para onde o senhor pensa que vai, doutor, não pode falar com testemunha não". O mundo desabou em minha cabeça. Me senti envergonhado.
Para não ficar por baixo, reagi: "Ninguém pode mijar mais não é, é proibido é?". O que a doutora respondeu: "Pode, mas não no banheiro lá de fora, faça nesse aqui do meu gabinete".
Foi um pecadilho antigo, mas já prescrito. Foi aí que percebi definitivamente que o meu negocio é direito criminal e que a ampla defesa na Justiça do Trabalho não era tão ampla como na da Justiça Penal.
Um comentário:
Estava procurando temas a respeito da Teosofia e acabei chegando no seu blog, compactuo as idéias teosofistas e vejo providencial a abordagem em palestras de interesse público a questão dos contextos da manifestação mental - verdade, beleza, amor e justiça - de Platão. Nesses contextos adquirimos a consciência de nosso papel na humanidade. Se ainda não conhece, recomendo um autor que vai de encontro às idéias Teosofistas e Budistas, o físico quântico Amit Goswani. Se quiser eu tenho os livros dele no formato e-book e posso te passar via e-mail.
Abraço
pierocarniel@hotmail.com
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