In matus sin canis. Erico Veríssimo
Corria o ano de 1997. Eram altas horas da noite. Estávamos pregando cartazes para eleição do Diretório Central dos Estudantes. Disputa que me deu a vitória.
Corria o ano de 1997. Eram altas horas da noite. Estávamos pregando cartazes para eleição do Diretório Central dos Estudantes. Disputa que me deu a vitória.
O último bloco a fazer foi o do Curso de direito, que coube a mim e a uma colega de chapa. Me deu vontade de ir ao banheiro, e fui. Chegando lá, vi uma cena escandalosa. Um homem estava agarrado na cintura do outro, completamente nus, fazendo amor.
Fiquei impactado, num mato sem cachorro. Mas aflorei meu espírito libertário e constitucional, pedi desculpa pela intrusão e fui pregar minhas faixas.
Ninguém pode me chamar de preconceituoso, porque eu respeito as cores do arco-íris. Tenho certeza que eu recebi o voto daqueles dois cidadãos.
Os mais curiosos me pedem para declinar os nomes dos dois pombinhos. Digo que não, nem pista alguma, tenho o dever de guardar segredo. Mesmo não sendo na época advogado, encaro o fato como sigilo profissional, e só posso contá-lo, um dia, talvez, como matéria de defesa, o que a lei me permiti.
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