Para quem acha que em certos casos criminais não existe defesa para o réu é porque nunca ouviu a história abaixo. Aliás não existe esse negócio de indefensabilidade.
O réu tinha cometido um crime bábaro contra um desafeto seu. Alegou em seu interrogatório que tinha agido em legítima defesa, mas todas as provas indicavam o contrário. Não é que a palavra do acusado não tenha valor, mas tem que ser confirmada por outros elementos dos autos. A maior de todas as provas é o conjunto de todas as provas.
Pois bem, ao advogado só restava potencializar a versão do reú, e assim fez. Olhou para os jurados, silenciou dramaticamente e começou:
"Senhores Jurados, meu clientizim, estava num barzim, tomando um conhaquizim com seus amiguim, tudo tranquilim".
Fez outro silencio, engrossou a voz e arrebatadamente continuou:
"Quando de repente, entrou um homenzão, puxou de seu cinturão, um revólvezão, e fez bão bão bão".
O bacharéu diminuiu o tom, e maneiramente, com cara de santo barroco, concluiu:
" Vendo aquilo, senhores juradozim, meu clientizim pegou um terçadim e fez pim pim pim pim."
O acusado foi condenado, mas que teve defesa, teve.
quarta-feira, 19 de março de 2008
Mas teve defesa
"Quando Deus voltou ao mundo, para castigar os infiéis, deu ao Egito gafanhotos, ao Brasil deu bacharéis". Carvalho Neto.
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