Ontem ri sozinho da sutileza do conto abaixo, que li no livro Nietzsche para os Estressados, de Allan Percy.
"Como diz um dos poemas mais célebres do taoísmo, no silêncio e no vazio todas as coisas estão presentes em potencial. A mente é como um copo: antes de enchê-la devemos esvaziá-la. Do vazio e do não ser surge a criatividade.
Uma das histórias da tradição taoísta fala da dificuldade que temos em viver além dos ruídos das palavras.
Num templo distante, erguido nas montanhas do Japão, quatro monges decidiram fazer um retiro que exigia silêncio absoluto. O frio era intenso e, quando uma onda de ar gelado entrou no templo, o monge mais jovem disse:
-A vela se apagou!
- Por que você está falando? -repreendeu o monge mais idoso. -Estamos fazendo uma cura pelo silêncio!
-Não entendo por que vocês estão falando em vez de calarem a boca, como foi combinado! - gritou o terceiro monge, indignado.
-Eu sou o único que não disse nada! - declarou, satisfeito o quarto monge".
Uma das histórias da tradição taoísta fala da dificuldade que temos em viver além dos ruídos das palavras.
Num templo distante, erguido nas montanhas do Japão, quatro monges decidiram fazer um retiro que exigia silêncio absoluto. O frio era intenso e, quando uma onda de ar gelado entrou no templo, o monge mais jovem disse:
-A vela se apagou!
- Por que você está falando? -repreendeu o monge mais idoso. -Estamos fazendo uma cura pelo silêncio!
-Não entendo por que vocês estão falando em vez de calarem a boca, como foi combinado! - gritou o terceiro monge, indignado.
-Eu sou o único que não disse nada! - declarou, satisfeito o quarto monge".
Um comentário:
Somente agora fluiu em minha mente algo. E digo que é na arte de calar que silenciosamente repousa a verdade. E essa verdade silenciosa pode ser demonstrada nos bons e sutis gestos de zelo, carinho e dedicação naquilo que se propõe a fazer. Eis ai a presença da verdadeira arte que de tão silenciosa não ousa em vão dizer o seu nobre nome.
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