Ministra do Superior Tribunal Militar Maria Elizabeth Rocha - A religião nem tanto, mas não tem como descartar os seus valores e seu código de ética na hora de decidir. É como aquela famosa frase de Ortega y Gasset: "Eu sou eu e as minhas circunstâncias". Não há como dissociar a sua experiência de vida, as suas alegrias, as suas dores, o seu sofrimento na hora de julgar. Por isso defendo que o magistrado tem que ter uma certa idade para poder julgar o semelhante. Quando a gente julga uma pessoa, não está julgando só a pessoa, mas a família inteira. É preciso ter experiência de vida, ter sofrido, experimentado um pouco do que são as dores do mundo para dizer que o réu é culpado ou inocente.
Também vejo assim. Para ser juiz a pessoa tem que ter experiência de vida, maturidade, equilíbrio emocional, estatura moral, para poder julgar o semelhante.
Um comentário:
Eu concordo que, para ser juiz, a pessoa tem que ter maturidade, estatura moral, equilíbrio emocional, enfim, experiência de vida.
O problema é que a idade do indivíduo, por si só, não o torna "experiente". Isso porque tal atributo não é adquirido com o mero passar do tempo, mas - como o próprio nome diz - com as experiências que o indivíduo tem ao longo de sua vida. E isso, como se sabe, é muito relativo, variando de pessoa para pessoa.
Eu mesmo conheço muitos magistrados "experientes" que possuem o mesmo equilíbrio emocional de uma criança. Por outro lado, conheço magistrados jovens que são verdadeiros sábios, em se tratando de maturidade e equilíbrio emocional.
Enfim, com todo o respeito, eu penso que as mencionadas qualidades não decorrem necessariamente da idade.
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