Certa vez um grande filósofo explicou: "Você sabe qual a diferença entre um mestre e um professor? O mestre conhece e comunica o que conhece. O professor recebe o conhecimento de alguém que conhece e o entrega intato as pessoas."
No direito essa diferença é bem visível. Os mestres vivem, experimentam, conhecem, criam, enriquecem o direito com a luz da originalidade. Geralmente são homens práticos, que aprendem com a vida.
Os professores são homens eruditos, com títulos e mais títulos acadêmicos, de cultura técnica invejável. Escrevem livros, elaboram teorias, teses, escrevem de maneira rebuscada, mas geralmente vão repetindo o conhecimento dos outros, com uma nova roupagem, com novas palavras.
Ambos ensinam, e são importantes.
Mas sempre preferi aprender direito com os mestres, chego mesmo a dormir de nostalgia quando leio, por dever do ofício, um livro técnico do direito. O academiscismo, o pedantismo da linguagem barroca extempôranea, tira a beleza do conhecimento.
Deleito-me em ler livros de casos criminais, reproduzidos em livros ou transformados em filmes. A defesa, a acusação, as teses, as provas, a luta, a vida, a dinâmica do direito. Estudar a lei a partir da experiência, do concreto, do vivido, é assim que aprendi a gostar do direito e a amar a advocacia, que é movimento, que é fluição, que é vibração.
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