Sem dúvida que a oratória ou a escritória fica mais elegante, mais charmosa, mais significativa e poderosa quando o orador ou o escritor a manifesta com consciência etimológica aquilo que diz.
Uma expressão por mais batida que seja, nas mãos de uma pessoa habilidosa ganha nova imagem, nova aparência, soa novidadeira, pujante, atrativa, saborosa.
Para bem dizer fundamental se é conhecer a vida das palavras. O Reino das Palavras é um mundo misterioso, vivo, orgânico, fluido, alquímico, tem o poder de dizer "faça-se" e a coisa se fazer, abra-se e a coisa se abrir. "Faça-se a luz". "Abre-te de Sésamo". "Abracadabra".
No livro Etimologias, grande enciclopédia da origem das palavras, escrita por Santo Isidoro de Servilha, o padroeiro dos etimologistas, que viveu entre os anos 560-630 assim encontramos a origem da palavra sábio: vem de sabor, pois assim como o paladar é apto para discernir os sabores dos alimentos, assim também o sábio distingue as coisas e as causas, pois conhece cada uma e sabe discernir o sentido da verdade.
O advogado consciencioso sabe que a sua profissão é uma profissão da palavra, e que para o seu pleno desenvolvimento profissional necessário se faz estudar o mundo oculto das palavras, e o domínio da etimologia é boa chave para embelezá-la, encantá-la, iluminá-la, tornando seu dizer uma verdadeira arte digna de sabor.
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