Preparando-se para ministrar uma aula a respeito dos princípios constitucionais do processo penal, veio-me a mente a expressão bárbaros do direito, e percebi que não são poucos os que nos rondam como carniceiros do direito alheio.
E onde estão os princípios do direito? Primeiramente gravados na consciência humana. E depois, quanto mais a consciência vai se expandido, mais os homens vão registrando-os em seus instrumentos legais, nas constituições, convenções, tratados, códigos, etc.
Os princípios são a manifestação do puro direito, daí sua beleza transcendental, sua validade universal para os povos evoluídos. Um exemplo de princípio do direito: "Ninguém será privado de seus bens sem o devido processo legal". Toda lei ou decisão que violar esse princípio viola a própria essência do direito.
Não são todas as pessoas que são dadas a respeitar, na interpretação e na aplicação das leis, os princípios do direito. Quanto mais imatura, incivilizada, quanta mais bárbara for a consciência do homem mais arbitrária, mais imoral, mais violenta ela é na distribuição da justiça.
Os bárbaros do direito e o direito dos bárbaros só serão definitivamente varridos da história do direito quando houver o triunfo definitivo da racionalidade superior, que tem nos princípios a agulha de marear de toda a ordem jurídica justa de uma nação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário