segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

A min kontaram

A história de Amin Kontar, o Princípe da Constância, povoa o imaginário coletivo da comunidade tarauacaense. Por esses dias, o deputado Moisés Diniz soprou a chama, porque quando a luz é boa, ela não se apaga, ela é constante.

O assunto sempre me chega, com constância. Uma pergunta. Uma curisosidade. De jovens. De velhos. Até crianças se interessam pelo o que aconteceu com o jovem Amin Kontar.

Dizem que veio da Turquia, mas o processo criminal fala da Syria. Era Syrio, assim mesmo, escrito desse jeito. Mas também vale dizer que era turco, isso não é essencial.

Pelo que se sente chegou em Tarauacá exalando o perfume da juventude, da potência, da vida, do movimento, da graciosidade.

Quando falo de Amin, de uma certa forma lembro de mim, da juventude tarauacaense, do povo que está ligado a este mitológico acontecimento, a esta lenda, a esta epopéia, e é por isso que as pessoas se encantam com a história como nos contos de fadas.

Para mim contar de Amin só serve se for desta maneira. Tem que ter luz, sentido, significado. Virar um símbolo de todos nós, tarauacaenses, troncos de resistência, mourões de justiça, rio de dignidade. Ser a nossa marca, a nossa presença, a nossa constância.

Tudo isso a mim contaram, e hoje conto a você, que contará também a outros, uma corrente, constantemente. Contará das coisas boas dessa história, contará com as coisas tão simples e poderosas, e significativas, e elevadas, e universais, que existem no íntimo de cada um de nós.

2 comentários:

MOISÉS DINIZ disse...

Caro Sanderson,

É muito boa a idéia da gente escrever juntos a história de Amin Kontar. Se você topar, vamos fazer isso em 2011. A gente terá mais tempo e não misturamos com a eleição.

Vamos combinar uma ida nossa a Tarauacá. Nós já encontramos o Atestado de Óbito de Amin Kontar.

Lá diz que ele se suicidou. Dá para acreditar? Acho que você, como advogado criminalista, vai ajudar muito em desmontar essa farsa histórica.

Um abraço,

Moisés Diniz

Sanderson Silva de Moura disse...

Caro Moisés.

Quando Amin Kontar sofria as mais cruéis tortura ele sustentava: "não foi eu e não sei quem foi".

Um homem dessa têmpera não se suicida, não se acovarda.

Que bom você ter encontrado o atestado de óbito, por si só demonstrar o que o poder mal exercido pode fazer com os cidadãos.

É madura e correta a ideia de não misturamos o assunto com a com eleição.

Podemos até o ano 2011 fazer algumas palestras em Tarauacá, que depois de trancritas, podem fazer parte do livro.

Vamos planejar nossa ida a Tarauacá.

abraços


Sanderson