Consiste na repetição de palavras ou expressões, no início de cada frase, com o objetivo de martelar uma idéia, um pensamento ou uma proposta.
Santo Agostinho costuma criar slogans em seus discursos para inculcar nos fiéis a sua lição. Padre Antonio Viera também utilizava muito a reiteração como recurso retórico.
Lendo o livro Argumentação e Discurso Jurídico, de Antonio Henrique, pude melhor perceber como a Igreja Medieval amedrontava seu rebanho utilizando-se da força expressiva da anáfora.
"Fogo, fogo; tal é a recompensa de vossa perversidade, pecadores endurecidos. Fogo, fogo e fogo do inferno. Fogo nos olhos, fogo na boca, fogo nas entranhas, fogo na garganta, fogo no nariz, fogo dentro, fogo fora; fogo embaixo, fogo em cima, fogo por toda a parte."
Ainda hoje, a retórica do medo é a base da existência de muitas religiões.
Um comentário:
Muito legal sua abordagem. Parabéns!
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