sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Roberto Duarte: um homem talhado para a advocacia

Roberto Duarte tinha uma imagem talhada para a advocacia: porte alto, aristocrático, bigode vasto, voz bem colocada, e uma certa imponência natural que brotava de seu jeito de ser.

Além desses atributos externos, Roberto Duarte era um advogado destemido. Certa vez o vi sustentando um Hábeas Corpus como um leão indomado - a beca lhe caía bem - dizendo a Câmara Criminal certas coisas que só os advogados seguros de si e conscientes de sua missão são capazes de dizer. Falei comigo mesmo: "Esse realmente é advogado". Quando terminou sua oratória fiz questão de parabenizá-lo no meio do julgamento, de forma larga e efusiva, com os olhares atentos dos julgadores. Ganhou o Hábeas!

Viveu da advocacia, e seu nome era respeitado. Dizem que nesta profissão o nome é tudo. E é verdade, deixando os exageros de lado. Mas o nome forte na advocacia não é dado gratuitamente. Só se consegue com o tempo, com dedicação, com zelo, com competência, com entusiasmo, com persistência.

A toda família Duarte, e em especial ao seu filho Roberto Duarte Júnior, que tem sua própria luz para levar adiante a tradição profissional de seu pai, meu reconhecimento aos importantes serviços que ele, Roberto Duarte, prestou a advocacia acreana, honrando-a como um nobre.

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