Arquimedes foi um sábio da Antiguidade, físico e matemático, tendo nascido em Siracusa, no século III a.C., hoje cidade que faz parte da Itália. A mesma cidade de Córax, o grande advogado criador da retórica.
Disse Arquimedes: "Dê-me um ponto de apoio e uma alavanca que eu moverei o mundo". Deixando de lado as explicações científicas da frase, trago-a para ser ilustrada na construção da defesa no tribunal do júri.
Dê-me é o advogado falando, o advogado competente. O ponto de apoio é a prova, muitas vezes ocultas aos olhos de quem não sabe ver. A alavanca é a oratória, o instrumento indispensável. E o moverei o mundo é a vitória prometida.
Sem provas seguras, capazes de fundamentar e apoiar uma tese, não existe oratória forte. A força da oratória no júri só pode alavancar uma defesa e torná-la vitoriosa se ela tiver cimentada em bases seguras de provas. Só assim a alavanca pode funcionar.
No entanto, não adianta também, muita coisa, um processo com boas provas se o advogado não for capaz de manejar adequadamente a alavanca. O mundo só será movido, a defesa só será triunfante, quando houver pontos de apoios seguros e uma alavanca forte e bem utilizada por um trabalhador habilidoso, zeloso e conhecedor de seu ofício.
Essa frase de Arquimedes pode ilustrar muitas outras coisas da nossa vida. Antes de querermos mover o mundo temos que ter um ponto de apoio seguro e uma alavanca sólida manejada com inteligência, firmeza e paciência para alcançarmos nossos objetivos.
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