quarta-feira, 9 de junho de 2010

Quando a toga respeita a beca a beca respeita a toga

Ao adentrar na livraria Nobel, no Shopping Center de Porto Velho, de cara avistei um livro intitulado Eles, os advogados, vistos por um juiz, e pensei até que o livro era uma versão resumida do clássico de Piero Calamandrei, Eles, os juízes, vistos por um advogado.

A obra foi escrita pelo juiz federal Herculano Martins Nacif, que inclusive é titular das Turmas Recursais dos Juizados Federais de Rondonia e Acre, depois de ter atuado em vários outros lugares do Brasil, recebendo nessas oportunidades justas homenagens dos advogados, por sua postura de sublime respeito para com a classe. Em uma das homenagens feitas ao juiz, os advogados enaltecem seu conhecimento jurídico, sua prudência, seu equilíbrio.

Feliz desse juiz, que desfruta de boa fama, que goza da admiração da advocacia. Infelizes são aqueles juízes que não sabem da importância da advocacia para o bom funcionamento da ordem jurídica. No mais das vezes são juízes ignorantes, com pouca maturidade emocional, e sem vocação para a sagrada tarefa de julgar. Vejo o juiz que não respeita advogado como um falsário, como um incompetente, indigno de qualquer acatamento.

Assim fala o juiz Herculano Martins Nacif: "É perfeitamente compreensível que o advogado haja firmemente e repila com veemência qualquer atitude de magistrado que o venha a tratar como se com um subalterno estivesse lidando".

Ao abordar a respeito da oratória e dos escritos dos advogados, em gesto de fina percepção, assim se exprime: "Nós, juízes, precisamos descer do nosso pedestal e ter a humildade para apreender e reconhecer as lições de direito que, não raras vezes, os advogados nos dão através de seus arrazoados, sejam abreviados ou longos.

O livro é um verdadeiro tributo à advocacia, um presente para a nossa profissão. A obra revela todo o grau moral e jurídico do magistrado que a escreveu, e tanto as honras que recebeu da advocacia quanto as honras que à advocacia presta, de plano, já revela ser esse juiz um homem de bem que dignifica a toga que o acompanha. Quando a toga respeita a beca a beca respeita a toga.

Um comentário:

Joana D'Arc disse...

SOLARIUM SANDERSON MOURA,EU SOU FILHA DE 'PEIXE DO JUDICIÁRIO' E,
O 'PRINCÍPIO DO DIREITO COSTUMEIRO'
ESQUECIDO PELOS 'NOVOS' JUÍZES E
ALGUNS DESEMBARGADORES,VISIBILIZA
ESTES COMO 'NOVOS SEMI DEUSES' E/OU
AGEM COMO SE ESTIVEM ACIMA DA LEI
OS NOVOS SENHORES DA RAZÃO ABSOLUTA
e,NÓS ADVOGADOS,SOMOS NA VERDADE,O
ESPELHO QUE REFLETE NELES A IMAGEM
REAL DE QUE ISSO NÃO PROCEDE!!!