Quem sairá bem no quadro será Laura Okamura e sua equipe dos 40 "estrangeiros", que tem aproveitado esses encontros, por ordem superior, para recuperar a sua imagem abalada diante da opinião pública acreana.
Estranhamente, a principal entidade que representa os advogados que labutam na área penal ficou de fora. A Associação dos Advogados Criminalistas do Acre-Acrim nem ao menos teve referência na propaganda oficial do evento, seja como realizadora, convidada ou apoiadora, enquanto outras, alheias aos problemas, ou mesmo causadoras deles, ganharam destaque. A entidade não foi chamada para discutir nenhum dos temas da pauta, mesmo sendo a pioneira a polemizar sobre o objeto do seminário - que perde, assim, grande parte de sua legitimidade.
Segundo informações oficiosas, a exclusão é devido à forma contundente e livre como a entidade expõe o problema, sem sentir a necessidade de agradar ou de ser agradada por fulano ou beltrano. A intenção da Acrim é a de impor a autoridade da Constituição Federal, o que gera simpatia da sociedade, causando ciumeira em muitos.
Para alguns, a presença da entidade poderia apagar o brilho de outras, ou mesmo causar constrangimentos a alguns lobos vestidos de cordeiros. Houve pedidos para excluir a Acrim do debate, exatamente porque não procura os afagos do poder. Só por aí você já pode perceber que o encontro terá outros objetivos nem tanto revelados. Coitados dos presos, que poderão servir de escada por onde alguns subirão para serem vistos melhor.
A Acrim seguirá seu rumo, como trincheira da Constituição, batalhando pela legalidade e pela democracia, pela justiça e pelo direito, pela verdade e pela ética, independente de figurar nos encontros de doentias vaidades. O ideal é muito mais elevado.
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