Li a entrevista recente que o famoso tribuno Edilson Mougenot Bonfim concedeu ao site Confraria do Júri, a respeito do Tribunal Popular.
Segundo o site, Mougenot é "dono da melhor oratória jurídica do país e dotado de mente brilhante".
Sou um admirador de suas obras, dentre as quais: Júri: Do Inquérito ao Plenário, No Tribunal do Júri, Direito Penal da Sociedade, O julgamento de um Serial Killer. Li todas elas!
Na minha formação de criminalista ele tem um lugar bem importante. Homem inteligente, estudioso, argumentador finamente lapidado, um gênio da oratória.
Mas confesso que o tribuno está muito rebuscado depois que se afastou do júri. Quase não entendi o que ele quis dizer na entrevista acima linkada. Palavras difíceis, argumentos confusos, sem clareza, sem objetividade e sem fluidez. Terminei o texto com a mente cansada, fiz um esforço para chegar ao final do texto, aliás, a entrevista é com Edilson Mougenout Bonfim!
Será que o antigo promotor do júri, de linguagem cativante e de escrita rica e de fácil entendimento, cedeu lugar ao doutrinador barroco, complexo, de linguagem afetada e floreada, quase ininteligível, desiludido com o júri, que "só favorece o réu"?
Quanto mais madura uma pessoa se torna mais simples e claras são suas palavras! Mas estou tentando entender o que aconteceu com um dos mestres do júri que eu mais admirava pela sua oratória guerreira.
Fica aqui registrada a perplexidade de um, vamos dizer assim, discípulo! Talvez ninguém tenha ainda dito isso a ele. Falo por amor ao Júri, que precisa de seu reencantamento, de sua eloquência tão brilhante e cristalina, e que não pode se perder em pedantismo de frases feitas ou floreios vazios de exibicionista retórica!
Um comentário:
Assisti a uma palestra dele na Associação do MP de Goiás.
Concordo com você, ele está ininteligível, com citações desnecessárias e sem objetividade.
Muito ruim...
Postar um comentário