quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Dia da Justiça e Dia da Virgem da Conceição

Hoje comemoramos o dia da Deusa Justiça e o Dia da Virgem da Conceição.

Para uns a justiça é tardia, morosa, cega. Para outros, a justiça é excessiva, ou mesmo branda demais. Para outros tantos ela só existe para o rico, para o poderoso, para o influente.

De modo que não são muitas as pessoas que verdadeiramente acreditam na justiça, e por muitas razões.

Se Deus é justo, então porque vemos injustiça na justiça? Essa é uma pergunta que não é tão fácil de resolver.

Quando a injustiça acontece conosco a explicação que valia para o outro passa a não valer mais para nós.

O que tenho visto e percebido nesta minha profissão de advogado "é que Deus escreve certo por linhas tortas". Tortas aos olhos ainda inconsciente do nosso atual estado evolutivo. Como é complexo e misterioso o trabalho da Justiça !

E o que tem a ver o Dia da Justiça com o Dia da Virgem da Conçeicão?

Vejo nas duas uma mesma santidade. A Deusa Justiça é virgem, é pura, é limpa, é imaculada. Concebe o direito, concebe a verdade, concebe a paz de espírito, concebe a harmonia, concebe a ordem.

A Virgem da Conceição concebe O Caminho, A verdade, A vida, O Amor, O Bem, O Belo, O Justo.

A Virgem da Conceição é a Deusa Justiça, e a Deusa Justiça é a Virgem da Conceição. Nada neste mundo ocorre por acaso, nem mesmo a coincidência de meras datas.

2 comentários:

Hugo Brito (Jordão-AC) disse...

Suas palavras são mais que jurídicas. Elas são religiosas. Elas buscam unir as pontas da corda que amarra a vida e a sustenta de sentido.
Dr. Sanderson, tenho constatado que o discurso religioso, quando mal aplicado, pode ser tão nocivo quanto o discurso de políticos corruptos.
Já que seu comentário fala de injustiça, mas também fala, mesmo que em pequenas doses, de religião, devo dizer que, já ouvi absurdos sobre Deus, quando pessoas movidas por “boas intenções” resolvem explicar as fatalidades do mundo. Frases simplórias e descomprometidas com a verdade não resolvem; ao contrário, agravam ainda mais o sofrimento, porque geram descrença e abandono.
Justificam as tragédias humanas como “vontade divina”, retirando assim as responsabilidades humanas dos acontecimentos, fruto das escolhas que fazemos.
Aproveito essa linha de raciocínio para falar também da inveja. Sim, pois acredito que o senho, Dr. Sanderson, por ser o bom advogado que é, já deve ter sentido na carne o aguilhão da palavra mentirosa instrumento de calúnia. Já deve ter enfrentado a inveja. A inveja destrói as relações e cria embaraços desagradáveis. O invejoso é pior do que aquele que cobiça. O invejoso não deseja o que é do outro, deseja apenas que o outro não tenha o que tem, não seja o que é.
Finalizo minhas palavras com uma frase do inesquecível jurista Ruy Barbosa:
“De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.”

Denes Freitas disse...

Dr. Sanderson,adoro sua retórica, não obstante tal credulidade na justiça parece-me deveras ilusoria, haja vista que o sentido de justiça é uma das maiores mentiras existentes na sociedade contemporanea a qual tem por base a mentira e falsidade, sendo o Estado o maior fomentador de tal pratica leviana.

Sucesso pra vc meu caro Watson!!