O advogado deve ser um homem de natural paciência. Paciência com o servidor preguiçoso e mal-humorado. Paciência com o juiz arbitrário e o promotor arrogante. Paciência consigo mesmo. Paciente com o cliente chato e incompreensível. Paciência com tanta coisa!
Com paciência a gente chega, conquista, e é preciso também paciência para se ter paciência.
Não confundir paciência com servilismo, com cumplicidade, com colaboração ao erro. A paciência é uma ciência que conduz à sabedoria. Quando é para agir ela age, com firmeza, com coragem, mas dentro de uma clima de autodomínio, de consciência da ação. Mesmo agindo contra o descaso, o erro, a ilegalidade, deve o advogado ser paciente. A paciência deve está no início, no meio e do fim de tudo o que fazemos.
Como é linda a paciência! Não aquela forçada, mentirosa, forjada, que percebemos de imediato. Mas aquela que brota do homem em estado de avançada evolução espiritual, de amadurecimento do caráter, de compreensão da vida, do tempo.
Com paciência forense, que é a manifestação da paciência no nosso meio jurídico, muitas portas se abrem em favor do advogado: a porta da verdade, a porta do saber, a porta da justiça. E só é bom ser advogado quando passamos por essas portas que são fontes que nutrem nosso amor à profissão.
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