Os maçons costumam chamar seus discursos de peças de Arquitetura, pela elaboração, pelo planejamento que a oratória deve ter.
Assim como o Grande Arquiteto do Universo pensou a criação do mundo, assim o orador deve procurar arquitetar sua oratória, com o mesmo amor, com o mesmo zelo.
No livro Eles os juízes visto por um advogado, Calamandrei afirma que o orador é feito pela arquitetura, já que o ambiente na qual o orador falará decidirá seu estilo, seu jeito, seu modo, a forma e até o conteúdo da oratória.
Então vemos que o orador faz a arquitetura do discurso que pronunciará, mas esse discurso será reelaborado, recriado pela arquitetura do lugar que se desenvolverá sua palavra.
As relações feitas acima servem para ilustrar duas importantes lições de retórica: a primeira, o discurso deve ser planejado, elaborado, construído, pensado, arquitetado, trabalhado; a segunda, que o orador inteligente sabe da importância que tem o lugar onde será feito o discurso, e ciente, atento, perceptivo para essa situação saberá escolher a melhor maneira para transmitir a sua mensagem.
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