O Conselho Nacional de Justiça vem recomendando com insistência que a Justiça brasileira evite usar, em suas manifestações, apelidos dados a casos criminais polêmicos por setores da Imprensa, do Ministério Público e da Polícia.
Por exemplo: Crime da Motosserra. O uso de tal epíteto já traz em si um certo julgamento antecipado, uma certa carga de parcialidade, uma certa dose de sensacionalismo ao caso.
Não se compreende e não se concorda que o Tribunal de Justiça, no seu site, em notícia de hoje, use a seguinte chamada, espetaculosa e provocadora: "Júri do crime da motosserra: iniciado credenciamento da imprensa e a inscrição dos interessados em acompanhar o julgamento do crime da motossera".
De todos os demais, jornalistas, comentadores de blog, promotores, advogados, opinião pública em geral, até que se entende a parcialidade, o afloramento das paixões. Mas da Justiça se espera e se exige imparcialidade!
O Poder Judiciário não pode se colocar em situação constragendora, incentivando um debate que não é bom para instituição.
A defesa espera que a Justiça se comporte com a lisura de sempre, e tenha cuidado em suas manifestações, como de costume.
Que a Justiça acreana mostre para o Brasil, como vem fazendo, que o julgamento de Hildebrando será um julgamento jurídico... e não político.
Nenhum comentário:
Postar um comentário