No clássico livro O Espírito do Zen, de Alan Watts, este cita o seguinte aforismo de Lao Tsé, o sábio que escreveu o Tao Te Ching: "O orador experiente não diz desatinos".
O orador experiente é o orador estudado, vivido, maduro, prudente, iluminado, que vê os 360 graus de sua oratória. Ele não pode dizer desatinos devido a responsabilidade, a lealdade que tem com a palavra, com o seu dom, devido a consciência de sua missão.
Carisma, razão superior, bom senso, tino refinado, inteligência grandiosa, oceânica percepção das coisas sãos os atributos de oradores como Jesus, Buda, Zaratustra, Salomão, Confúcio, Sócrates, Lao Tsé, Gandhi, Osho, Krishnamurti, Martin Luther King e tantos outros.
Aos olhos de quem não os compreendem, eles podem até parecer desatinados, loucos, mas isso já não é problema da oratória deles.
Aos olhos de quem não os compreendem, eles podem até parecer desatinados, loucos, mas isso já não é problema da oratória deles.
Um comentário:
O entendimento do orador sobre a responsabilidade que carrega é essencial, vez que a análise do que será dito ou demonstrado se inicia antes mesmo do discurso, se inicía pelo ideal que os interlocutores têm formado sobre a personalidade e conduta do orador que irá lhes apresentar certo tema.
Logo, ignorar tal encargo é forçar desconfiança que culminará não apenas com o desrespeito ao tema proposto, mas com o próprio orador.
Entretanto, essa análise é apenas perfunctória, pois quem fala ao público não possui um enarcargo meramente pessoal... É um fardo que vai além, vez que ele tem a possibilidade de influenciar outro ser humano com suas idéias.
Este é o sentido que encontrei em uma bela passagem psicografada por Chico Xavier, onde se lê:
"Conversação sem proveito
No espírito desatento,
É a maneira de apagar
As luzes do pensamento".
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