sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

A grandiosa oratória de Jesus

Ao cheiro do incenso da flor de lótus, que traz meditação e concentração, um dos presentes levados ao menino Jesus pelos Reis Magos, exalando por todo o meu escritório, escrevo esse texto a respeito da grandiosa oratória de Jesus, não só o Rei dos Reis, mas especificamente, o Rei dos Oratores.

No livro Jesus: O Filho do Homem, de autoria do sábio libanês Kalil Gibran, dois homens que viveram na época do Mestre, um chamado Assaf, orador de Tiro, e outro chamado Manassés, um advogado de Jerusalém, assim desenham, com intimidade, o poder do verbo de Jesus.

Assaf diz: "O que direis sobre suas palavras? Talvez houvesse alguma coisa em sua pessoa que desse tanto poder às suas palavras e cativasse aqueles que o ouviam. Ele era atraente e o esplendor do dia iluminava seu semblante.

Homens e mulheres fitavam-no, mais do que ouviam seus argumentos. Ele falava com poder de um espírito, e este espírito tinha autoridade sobre seus ouvintes.

Em minha mocidade, eu ouvira os oradores de Roma, de Atenas e de Alexandria. O jovem Nazareno era diferente de todos eles. Ele contava uma história ou narrava uma parábola, e histórias e parábolas como as D'ele nunca haviam sido ouvidas na Síria.

Ele começava uma história assim: 'O lavrador foi ao campo para semear suas sementes'. Ou, 'Certa vez, havia um homem rico que possuía muitos vinhedos'. Ou, 'Um pastor contou suas ovelhas ao cair da tarde, e viu que uma ovelha estava perdida'.

Tais palavras levavam seus ouvintes para o mais simples do seu ser. Ele conhecia a nascente de nosso mais antigo ser. Oradores gregos e romanos falavam para a mente, ele tocava o coração. Em suas palavras havia um poder que não estava no domínio dos oradores de Atenas e de Roma."

Manassés diz: "Sim, eu costumava ouvir suas palavras. Ele tinha sempre uma palavra pronta em seus lábios.

Eu era cativado pela sua voz e seus gestos. Ele me encantava. Com sua eloquência cativava meu ouvido e meu pensamento".

E o poeta, com talento e sensibilidade, soube cantar como ninguém o toque mágico da oratória de Jesus:

Um certo dia um homem esteve aqui
Tinha o olhar mais belo que já existiu
Tinha no cantar uma oração.
E no falar a mais linda canção que já se ouviu.

Sua voz falava só de amor
Todo gesto seu era de amor
E paz, Ele trazia no coração.

Ele pelos campos caminhou
Subiu as montanhas e falou do amor maior.
Fez a luz brilhar na escuridão
O sol nascer em cada coração que compreendeu

Que além da vida que se tem
Existe uma outra vida além, e assim...
O renascer, morrer não é o fim.

Tudo que aqui Ele deixou
Não passou e vai sempre existir
Flores nos lugares que pisou
E o caminho certo pra seguir

Eu sei que Ele um dia vai voltar
E nos mesmos campos procurar o que plantou.
E colher o que de bom nasceu
Chorar pela semente que morreu sem florescer.

Mas ainda há tempo de plantar
Fazer dentro de si a flor do bem crescer
Pra Lhe entregar
Quando Ele aqui chegar.

Assim foi, e ainda é, a oratória de Jesus. A grandiosa e sublime oratória de Jesus. E o incenso continua exalando sua fragrância em meu redor, trazendo paz e concentração, doçuras do verbo divino. Viva o Rei dos Reis! Viva o Rei dos Oradores!

Um comentário:

Anônimo disse...

Da oratória desse grande Rei, surgiram muitas orações. Suas palavras mutipicam-se como os pães e os peixes e faz ressurgir pra luz muitos que estavam dormindo. Belissimo texto, desejo sucesso nesse seu novo momento.

* * *