quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Teseu: o imortal orador

Quando estudava História na UFAC, mitologia grega era um assunto que sempre me apaixonava. Como professor de História, caprichava mais ainda nas minhas aulas quando o tema era mitologia grega.

Assim tem sido até os dias atuais, continuo comprando e lendo livros a respeito. É um tema que muito me interessa no direito, na advocacia, e no estudo de mim mesmo. A mitologia oculta verdades eternas.

Na oratória, as alegorias, os mitos, as fábulas, as lendas, as parábolas, as metáforas possuem um valor inestimável de persuasão.

Por tudo isso é que fui assistir ao filme Imortais. E uma das passagens mais emocionantes do filme foi o maravilhoso discurso de Teseu, que levantou o moral das amedrontadas tropas gregas diante do exército sanguinário do Rei Hipérion.

Um discurso que mostra, nos gestos, no tom, na voz, no conteúdo da mensagem, toda a nobreza, todo o poder, toda a majestade, toda a coragem, toda a honra de um imenso orador.

São em momentos cruciais como aqueles em que se viu a Grécia - a Grécia da razão e da ordem, das leis e do progressso - em que a oratória é convocada pelos deuses como instrumento para erguer aos céus o pleno valor da liberdade e da dignidade do homem, mesmo diante da morte.

Ficção, fatos? Não é disso que se trata, nem mesmo importa. A essência é que vale! Aliás, ninguém compreende mitologia se não tiver capacidade de ver a sua essência.

Bem verdadeira a frase de Sócrates que aparece no início e no fim do filme: "As almas dos homens são imortais, mas almas dos justos são imortais e divinas".

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