segunda-feira, 10 de maio de 2010

A rosa e a cruz que carregamos

O advogado criminalista além de carregar a sua cruz, carrega, como Simão Cirineu, a cruz daqueles que defende. Processo criminal significa dor, desespero, choro, crucificação.

Num ambiente lúgubre, o advogado procura a luz, a rosa, a justiça, a salvação para nossas aflições.

Tão dramática é a advocacia. Tão cheia de emoções. Tão vibrante. Tão viril. É uma grande escola da vida.

Tem cruz, mas tem rosas. Tantas cruzes pelo caminho têm que Deus, na sua gentileza infinita, espalhou em cada lágrima, em cada queda, o perfume das rosas.

A poetiza soube cantar em versos o drama da existência, e o advogado, levantando sua sua voz, iniciou a defesa dizendo:

"Quem foi que riu na noite silenciosa, que o riso deu à noite a forma de uma rosa?

E quem chorou depois na noite densa, que a rosa se desfez em lágrima suspensa?

A rosa se faz e a rosa se desfaz, depois a rosa se refaz. E assim vamos todos caminhando carregando nossas cruzes e cheirando nossas rosas.

Nenhum comentário: