São as trigêmeas que hipnotizam, que enfeitiçam, que conduzem, que arrebatam.
Uma, só é completa com a mágica das outras.
Tenho estudado essa relação.
Quem escuta um grande orador não deixa de ver a poesia e a musicalidade que emana de todo o seu ser.
Quem escuta um grande poeta apaixona-se pela melodia e eloquencia de seus versos.
Que escuta uma bela canção se envolve pela poesia e pelas palavras que tocam o coração.
Sócrates, no entender de Platão, foi o mais belo dos oradores, porque energizado pela luz das Três Marias.
Alcebíades, discípulo e admirador de Sócrates assim fala em O Banquete:
"Sócrates é um flautista.
Com a palavra fascina, enfeitiça, arrebata.
O que fala tem caráter poético e divino.
Quando escutamos Sócrates somos tomados de estupor e arrebatados por suas palavras.
Quando o escuto meu coração dá saltos, lágrimas caem dos meus olhos, e experimento grandes sensações".
Sócrates foi merecedor de receber tão grande poder, tão grande riqueza, tão grande beleza. Soube usar o que lhe foi dado em prol da humanidade.
Homem receptivo, que soube abrir as portas de sua alma para o alto e beber diretamente da fonte inesgotável da existência.
Tão lindas deusas só podiam se revelar a tão grande consciência.
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