Advogados e Juízes na Literatura e na Sabedoria Popular, escrito em três grandes volumes, é uma das obras-primas da história da advocacia; é de autoria de Alberto Sousa Lamy, destacado membro da Ordem dos Advogados de Portugal.
Neste livro, ele também fala um pouco da vida de Berryer, advogado que viveu na França no século XIX, considerado o "Orador do Século". Foi o advogado francês de maior prestígio. Certa vez lhe foi perguntado "Por que não era um homem rico já que era advogado famoso que defendia causas célebres". Respondeu Berryer: "Poderia ser um homem rico, mas para isso teria que curvar-me".
E fiquei examinando essa expressão de Berryer. Curva-se a quê? A quem? Ele não quis curvar-se ao dinheiro, ele não quis curvar-se à improbidade, à desonra, ele não quis curvar-se ao abuso, ao arbítrio dos poderosos, ele não quis curva-se à inconsciência, à traição dos seus ideais. Eis mais um everest de nossa profissão!
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