E eu tenho que respeitar em mim esses momentos, se quero seguir pelo caminho da honestidade com o que escrevo. Existem momentos em que eu não estou inspirado a escrever, como ainda há pouco. Então, tenho que procurar fazer outra coisa, ou mesmo não fazer nada, sentar em silêncio, e zazen, como chamam os budistas, porque segundo eles, sentado em meditação, a primavera vem e a grama cresce por si mesma.
E é assim que de repente me senti inspirado a escrever sobre esta ausência de inspiração e de vontade de não escrever. Escrevo sobre o não escrever, e sinto-me inspirado e interiormente movimentado para isso.
Procuro ser total naquilo que faço. Se estou no júri defendendo um réu, estou ali de corpo e alma; se estou lendo, estou ali de corpo e alma; se estou escrevendo estou a li de corpo e alma. As coisas passam a ter uma beleza diferente, uma alegria contagiante, e nossa percepção do momento, nossa mundividência, se amplia, se expande, se revela.
E ponto final. Até aqui chegou minha inspiração para este texto!
2 comentários:
Admirável os amantes da escrita.
Queria eu ter esse dom verdadeiro e se é verdadeiro vem da alma. Flui de dentro no pulsar e vem dos tempos remotos que só alguns corajosos podem ver. Muitos através da escrita transportam-se para lugares que só os olhos do coração podem mostrar.
Além do nosso corpo em nós pulsa alma. Escrever é um dom, essência pulsante da alma.
Parabéns pelo seu dom de saber escrever bem, ser do bem, orar bem.
Caro mestre,
até nas simples palavras, vem orientações para os que querem.
Nesse momento, repito suas palavras para mim mesmo que o importante é se empenhar no que vai fazer e fazer de corpo e alma, sempre de corpo e alma.
muito 10 isso!!!
Grato mais uma vez.
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