
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Finos ensinamentos de vida

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Quero força pra cantar todo santo dia

"Eu quero luz, quero alegria, quero força para cantar todo santo dia.
Eu quero paz, paz interior, pra repartir com quem olhar pra mim.
Eu quero mesmo é cultivar o amor ver um tantão de flor no meio do meu jardim".
Querer. Um poeta diz: "Tudo depende é do querer." Querer é poder. Se o homem não quer, como pode ter luz, alegria, força para cantar todo santo dia, paz interior, amor, um tantão de flor no seu jardim?
Nem um mestre, nenhum pastor, nem um santo, nenhum padre, ninguém pode nos dá essas coisas belas da vida, se não a querermos, se não a buscarmos, se não a ansiarmos verdadeiramente em nossos corações, no fundo de nosso ser.
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
O "ama-te" precede o "conhece-te"

Osho diz: "Mas ninguém conhece a si mesmo se primeiro não sentir amor por si mesmo".
Então, o "ama-te a ti mesmo" precede o "conhece-te a ti mesmo".
Como você conhece uma coisa que você não ama? Tiro por mim, e pergunto-me: "Como conheceria a advocacia se primeiro não a amasse?"
Quem se ama se valoriza, se cuida, busca seu aperfeiçoamento diário, conhece seus pontos fortes e seus pontos fracos; e na medida que se ama se conhece, e está em melhor condições de conhecer e amar o próximo, de conhecer e amar o mundo todo.
Amar a si mesmo não é egoísmo é o mais autêntico passo para amar e respeitar o outro. Jesus ensina: "Ama o próximo como a ti mesmo". Se eu não me amo como poderei amar o próximo?
Sócrates diz: "Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o homem e o universo". A mesma lógica se aplica ao amor: ama-te a ti mesmo e amarás os outros e todo o universo, e isso é o verdadeiro conhecer-se a si mesmo.
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Simplicidade: um sinal de sabedoria

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
Uma mina de sabedoria

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
De corpo e alma no momento!
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Tocar, sentir, ir a além das estrelas!
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
A revista-livro sobre o grande mestre dos criminalistas
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Com meditação a justiça é mais justa

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, 05/03/2008, ao ser perguntado em que momento definiu seu voto, em sua essência, em favor da Lei de Biossegurança, se foi antes do julgamento, depois de ouvir o procurador-geral e os advogados dos réus, após o voto do relator, em que momento, ele respondeu:
"Vou dizer uma coisa que, diante de uma plateia de acadêmicos, seria interpretado como um recibo de anticientificidade. Faço meditação oriental há 13 anos e aprendi com os místicos mais acatados, como Buda, Cristo, São Francisco de Assis e, mais recentemente, Krishnamurti e Osho. Em suma, eu aprendi nessa literatura espiritualizada que você deve ficar cada momento numa espécie de eterno agora, cortar o cordão umbilical com o passado e com o futuro. Sou uma pessoa muito atenta. Então vou para uma sessão para decidir na hora. Fui decidindo à medida em que os debates ocorriam. Não combinei voto com ninguém nem acho que os outros tenham combinado."
Para mim isso não é anticientificidade, é ciência, é sabedoria. Para se decidir com justiça, há de se saber ouvir, há de se ter atenção, há de se ter sensibilidade, há de se ter inteligência, há de se ter equilíbrio, há de se ter compromisso com a verdade, há de se ter um profundo respeito por Deus. E a meditação faz desabrochar no homem a semente da consciência universal, contendo nela todas as virtudes que o homem precisa para agir com justiça.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
A leitura no computador não substitui à leitura do livro
Ler um livro é muito diferente do que ler na tela de um computador. A leitura do computador não tem feito leitores, amantes da leitura, pensadores. Alguns podem até não gostar disso que escrevo, dizendo: "Substitui sim, tem a sua importância!" Tem sua importância, sua utilidade, mas não substitui os efeitos benfeitores da leitura natural.
Não estou querendo convencer ninguém. Isso é apenas uma reflexão espontânea que faço para mim mesmo e que pode ser útil também para alguém que tenha interesse no assunto.
Falta à leitura no computador todo relacionamento afetivo que o homem mantém com o livro desde o seu surgimento. Daí porque os livros digitais, os e-books, não colaram. Quem gosta de comprar livros, quem gosta da leitura, não substitui o livro por outro no formato digital.
Já se ouve falar da morte do livro há décadas devido ao advento da internet; livros e mais livros foram escritos, textos e mais textos foram escritos. Mas o livro continua impertubável na sua jornada pela civilização humana, ganhando cada dia mais adeptos, ampliando sua força no mundo.
Tenho diminuído meu tempo na frente do computador, disciplinado mais este contato, para não me tornar um refém, um servo obtuso, um leitor sem vida e mecânico e desapaixonado, dos textos que leio.
Minha memória, meu espírito, precisam do livro, da leitura do livro. Gosto de manuseá-lo, de senti-lo, de grifá-lo, de levar para onde eu quiser, de manter um contato de verdadeiro amigo com o livro.
O livro tem sido para mim um guia, um mestre, um conselheiro, um conforto, uma luz, um irmão. Em torno do livro existe toda uma energia, uma vibração de milênios, uma egrégora poderosa de conhecimento, de sabedoria, de arte, de ciência .
Não são muitos os amantes da leitura, mas eles são suficientes para dizer que o livro não morrerá, que nada substituirá a sua leitura, a sua presença, a sua magia. Querer substituir o livro pela leitura em uma tela de computador é a mesma coisa que querer namorar, fazer amor, viver o contato a dois pela internet, é dificil de sustentar essa ilusão por muito tempo.
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
O toque do ouro e o toque do amor
Reli duas histórias da mitologia grega. A mente viaja na imaginação a um mundo cheio de grandes histórias e de fortes lições.
A primeira, a do Rei Midas.
Ambicioso, rico, queria ser mais rico ainda, desejando profundamente transformar em ouro tudo que tocasse. O deus Dioniso realizou o desejo dele. Midas passou a transformar tudo que tocasse em ouro. Muito alegre e satisfeito deu uma grande festa no reino para comemorar seu poder.
Mas logo percebeu que não podia beber água, que ela se transformava em ouro; não podia comer, que o pão se transformava em ouro; as rosas do jardim se transformavam em ouro, e já não exalavam mais seu perfume; sua amada filha, ao tocar-lhe o rosto, transformou-se em barra de ouro. Logo ele viu que aquilo não era um presente, era uma maldição.
Noutro mito, Eros pergunta a sua mãe, Afrodite, deusa do amor e da beleza, por que deixou Zeus e os irmãos dele governarem o mundo. Afrodite riu da pergunta e explicou ao seu filho que ela governava os deuses com o seu toque do amor. Então Eros lhe disse que tinha um deus que ela não conseguia dominar, era Hades, o deus do inferno.
Afrodite disse ao seu filho que dominava Hades, sim, e pediu o arco e sua flecha de Eros. Afrodite mirou a flechada bem em cima do coração de Hades, que ao toque do amor começou a sentir coisas diferentes em si. Começou a cantar lindamente, dizendo amar as flores, os rios, a luz do sol, o canto dos pássaros, tudo o que existia. Até o inferno se transmudou sob o domínio do amor.
Deixo a reflexão por conta de cada um. São toques diferentes. Como são belas e profundas essas histórias. Sou um apaixonado por elas!
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Quando somos chamados!
Enquanto lia o livro Os Advogados e Ditadura de 1964: A defesa dos perseguidos políticos no Brasil, uma frase de um poema chamado Desiderata me vinha a mente: "Não seja descrente do Bem que sempre existe, em toda parte a vida está cheia de heroísmo".
Quem quiser conhecer a que patamares de heroismo, de abnegação, de serviço ao direito, de coragem, de ousadia, de responsabilidade que nossa profissão pode chegar, precisa ler este livro. Advogados sequestrados, torturados, mortos, amordaçados, mas mesmo assim a advocacia atendia ao chamado para luta, continuava sua missão, enfrentando todos os perigos da Ditadura.
Uma frase de Sobral Pinto é lapidar: "O advogado só é advogado quando tem coragem de se opor aos poderosos de todo o gênero que se dedicam a opressão pelo poder". Não há como não reconhecer a vocação da advocacia: vocação para a liberdade, para a democracia, para a legalidade.
Nada mais contrário as virtudes do advogado do que a subserviência, o servilismo, a falta de independência para agir, opinar, ter um lado.
A advocacia é por natureza filha da liberdade, que por sua vez faz seu ninho, seu abrigo, seu escudo na advocacia, quando encontra-se atacada pelos regimes de exceção. Ad vocare. Daí surge o termo advocacia. É um chamado, um pedido de intervenção, de auxílio, de socorro. A liberdade, o direito, a democracia, a chama quando encontram-se em perigo. E quando somos chamados parece existir uma irresistível e bela e oculta força que nos move para o cumprimento da missão.
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Nota de apoio e reconhecimento à juíza Luana Campos

Todos esses problemas, superlotação, presos do semiaberto cumprindo pena no fechado, alarmante e ilegal números de presos provisórios, tudo isso denunciamos ao Conselho Nacional de Justiça -CNJ em 2010, o que ensejou a vinda de uma equipe desta augusta Instituição a inspecionar os presídios acreanos, sendo detectadas, na expressão do Conselho, "monstruosidades jurídicas".
A Ordem dos Advogados do Brasil -Acre deveria ser a primeira a manifestar apoio ao posicionamento corajoso da magistrada, que vem cumprindo com consciência e espírito público e humanitário o que estabelece a ordem jurídica nacional. O silêncio não condiz com a vocação da Ordem para os grandes temas que tocam a sociedade.
Alguns podem até dizer assim: "são bandidos", "não valem nada", "leva eles pra casa", "bota logo num hotel cinco estrelas", "só querem mordomias", "agora querem ser os coitadinhos", "e as vítimas?" - esses eu já sei, a qualquer momento estãos sujeitos a bater na porta de um escritório de advocacia pedindo socorro, pedindo respeito as leis nos presídioss em favor de si ou de um ente querido seu.
Todas essas mudanças que vem acontecendo na Vara de Execuções Penais: melhor atendimento ao advogado, mais respeito a advocacia, ao preso, ao familiar do preso, à Lei de Execuções Penais, tudo isso teve gente que lutou, que sofreu, que foi várias vezes processado, para ver o direito triunfando, para ver a vitória da lei contra o arbítrio.
Parabéns à juiza Luana Campos, e que Deus te de força e luz, e que encontre pela frente o opoio que precisas para agir dentro do direito, da legalidade, da moral constitucional, dos valores da consciência universal. Aplaudo-lhe, doutora Luana Campos, porque mereces, e permita-me, de pé!
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
O dom de pensar como um advogado
Eles viam o que muitos não viam. Criavam argumentos convincentes do nada. Encontravam soluções onde tudo parecia perdido. Era algo criativo, original, admirável, mágico.
O pensar como advogado é inerente à advocacia, e todo aquele que se identifica, que vive e estuda sua profissão começa a desenvolver naturalmente certos talentos da arte de pensar, da arte de raciocinar, da arte de argumentar.
Pensar como advogado, não é, como muitos acham, ver só aquilo que lhe interessa, que lhe favorece, que lhe dá razão. Isso é pensar com bitolamento, com estreiteza.
Pensar como advogado é ver todos os ângulos de uma causa, perceber todos os aspectos de uma situação, comprender as várias dimensões de um problema. Com essa visão, o advogado antecipa, cria, constrói, destrói, argumentos, teses, ideias; exatamente pela capacidade de mergulhar nas coisas com mais profundidade, com mais fôlego, com mais totalidade.
A advocacia é a profissão da palavra, da oratória, da argumentação, do raciocínio; seu potencial quanto a tudo isso é infinito. Cabe a cada advogado buscar desenvolver em si essas maravilhas da advocacia, regar a sua semente profissional para que seu potencial de ciência, arte e técnica venha à luz, e seja posta em favor do bem.
Tem um livro muito bom intitulado Pensando como um Advogado, de autoria de Kenneth J. Vandevelde. Pensar como um advogado não é fácil, não basta apenas ter o título de advogado, no livro mesmo diz que "são poucos os advogados, mesmo os melhores, que têm plena consciência do que significa pensar como um advogado".
Estudar, estudar a profissão, estudar o direito, estudar a história, estudar a filosofia, estudar a psicologia, estudar a oratória, estudar a si mesmo, é o estudo o caminho para desenvolver o verdadeiro e secreto dom de pensar como um advogado.