terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O que eu gostaria de ser caso não fosse advogado

Lendo o livro Grandes Advogados de vez em quando aparece a pergunta para os entrevistados: "O que senhor gostaria de ser caso não fosse advogado?"

"Gostaria de ser Psicalista". "Gostaria de ser arquiteto". "Gostaria de ser médico". Etc. São as respostas que se lêem.

Caso fosse feita essa pergunta para mim, eu diria: - Se eu não fosse advogado gostaria de ser místico.

Só que tem títulos na vida que uma Universidade não é capaz de conceder. Ela não pode dar a ninguém o título de poeta, de escritor, de pintor, de orador, de filósofo, de músico, de místico, se a pessoa não for coroada por Deus com estes dons sublimes do espírito.

Alguém pode ser formado em filosofia, mas nem por isso ser um filósofo. Alguém pode ser formado em música, mas nem por isso ser um músico. Alguém pode fazer um curso de oratória, mas nem por isso ser um orador. Alguém pode escrever alguns livros, mas nem por isso ser um escritor. Alguém pode ser um pastor, um padre, um papa, um bispo, um mestre, um líder religioso, seja que denominação tenha, mas nem por isso é ser um místico. E assim vai...!

Todos podem chegar algum dia a condição de seres místicos, independente da profissão que exerçam. Não adianta procurar esse título nas faculdades, nas condecorações humanas. Este título estar latente dentro de cada um de nós, esperando para florescer, para desabrochar, como um grande, real, extasiante e permanente encontro com Deus.

A caminhada é longa e árdua, mais é o título dos títulos - se assim podemos chamar - que vejo que para mim vale a pena sonhar. Li certa vez que a palavra dharma significa natureza. Qual o dharma do fogo? Ser quente. Qual o dharma da água? Fluir. Qual o dharma do tempo? Passar. Qual o dharma do homem? Ser iluminado. Esta é a nossa real natureza, este é nosso real destino. Isto é o que eu gostaria de ser, caso não fosse advogado.

2 comentários:

Célio Frazão disse...

EU IDEM MESTRE SANDERSON MOURA

Anônimo disse...

Amigo Sanderson,

Creio que você seria um bom psicologo, e olhe lá se de repente não for interiormente com seus estudos e com sua boa forma de escutar o próximo. Com certezas são muitas as dores que um advogado criminalista tem que ouvir. Como bem dizes não adianta ter só o diploma e eu vejo que temos que ter a excelência naquilo que fazemos.

Grato pela boa esplanação.

* * *