segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Ponte Amin Kontar: uma questão de justiça histórica

Dia de Todos os Santos. Ninguém que foi Santo fica de fora desta data.

Tarauacá tem um Santo, conhecido por Amin Kontar.

No Dia dos Finados, sua tumba é a mais prestigiada, a mais visitada. É o dia em que muitos vêm pedir o seu auxílio, que vem lhe agradecer, que vem lhe prestar homenagens.

Aos poucos, o povo de Tarauacá tem resgatado a história deste homem, que faz parte do imaginário forense, policial e religioso da cidade.

Amin foi preso, torturado e assassinado, acusado de um crime que não cometeu. Daí a raíz do sentimento popular por Amin Kontar.

Seu nome significa Príncipe da Constância. Honrou este nome até a hora da morte. Ao ser indagado de sua culpa, debaixo de grande dor, dizia para seus algozes: "Não foi eu e não sei quem foi".

A história de Amin Kontar é rica em significados. Pode-se examiná-la do ponto de vista do direito, da filosofia, da sociologia, da psicologia, da religião, da história. Feliz um povo que tem um acontecimento tão prenhe de relevantes dimensões.

A sociedade de Tarauacá, num movimento amplo, acima das divergências políticas ou religiosas vem se unindo para propor que a bela ponte que cruza poeticamente o Rio Tarauacá receba o seu nome: Ponte Amin Kontar.

Isso é o que eu chamo de justiça histórica! Vamos juntos, isso é uma bandeira que engrandece todos os tarauacaenses.

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