segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Da sacralidade ao canibalismo forense

Conta Pedro Paulo Filho no livro Advogados e Bacharéis: os doutores do povo que "a advocacia na Grécia tinha um caráter místico ao dispor que o recinto do Pretório e do Areópago eram lugares sagrados, prescrevendo que, antes das audiências, se espargisse água lustral, com o fim de advertir juízes e oradores de que só deveriam ali entrar em estado de pureza.

A sacralidade dos atos judiciais, proclamavam-na os gregos, ao celebrá-la no templo, era precedida da queima de incenso e da aspersão de água benta, em esconjuro à maldade dos homens e dos demônios".

Que bom se ainda fosse assim. Só para ilustrar... Por esses dias fazia um júri, quando ao final do resultado condenatório ouvi quando uma autoridade ministerial, que se diz tão pura e verdadeira, se jactava para seu interlocutor, que no outro lado da linha ouvia a seguinte expressão canibalesca:

"Cravei unhas e cravei dentes ".

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