Ensinava os homens por meio das fábulas, histórias curtas que usam os animais como personagens concluindo sempre com um ensinamento moral, ora expresso ora tácito.
Para o filósofo Aristóteles a fábula de Esopo é um ótimo recurso de persuasão, exatamente pela forte lição que encerra.
Embora possuidor de um formoso espírito, Esopo era feio de rosto, um aremedo de gente, e além disso era gago. Por essa condição foi vítima de muitas chacotas e brincadeiras pesadas, principalmente daqueles que o ojerizavam.
Conta La Fontaine, outro memorável fabulista, que certo dia o patrão de Esopo foi visitá-lo, e no caminho recebeu algumas frutas de presente, e quando lá chegou ordenou a um de seus servos que as guardasse para que quando retornasse de um delicioso banho pudesse saboreá-las.
Alguns vizinhos da redondeza, aproveitando a situação, às escondidas, comeram as frutas, atribuindo o furto a Esopo, certo de que ele não conseguiria se livrar da acusação, gago que era e idiota que parecia.
O castigo inflingidos aos escravos faltosos era desumano, ainda mais o crime imputado a Esopo.
Quando seu patrão soube do ocorrido sentenciou Esopo, mas este se jogou aos pés do amo pedindo que lhe concedesse a graça de adiar os castigos por um instante.
Tendo-lhe sido concedido a graça, Esopo correu a buscar água morna, bebeu na presença do amo, enfiou o dedo na garganta e vomitou apenas água.
Apresentada a convincente defesa, Esopo pediu para que o amo ordenasse que os outros fizessem o mesmo, o que causou grande surpresa, sendo inacreditável que tal idéia partisse de um homem com aparência tão ignorante.
A ordem foi dada. Os verdadeiros culpados tiveram que beber água morna e enfiar o dedo na garganta, e como não poderia deixar de ser, as frutas saíam pelo vômito dos impostores, ainda em estado bem aparente.
Esopo salvou-se e os acusadores foram duplamente punidos, pela gulodice e pela maldade.
Um comentário:
olá, gostei da postagem sobre o Esopo, eu particulamente uso fábulas para compreensão de ídeias, quando álguem me pede um "conselho" uso sempre fábulas, fica mais fácil a interpretação. Como acadêmica de direito usarei teu blog como uma fonte...
att. Manoela Araujo
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