Conta-se que o belo príncipe Sidarta, o Buda, se encontrava em estado de profunda meditação quando os céus se agitaram prenunciando torrencial chuva. No momento em que as águas do alto caíam uma gigantesca cobra naja aproximou-se do iluminado e abriu-se sobre ele em forma de guarda-chuva para que sua meditação não fosse perturbada.
Acho essa cena do filme O Pequeno Buda simbolicamente rica e comovente; a própria natureza se encarrega de dar paz e guarnição àquele que tem paz dentro de si. O mundo é um reflexo do eu de cada um. Uma cobra, muitas vezes representada como símbolo do mal, diante de Buda, diante da paz, deixa aflorar em si manifestações de amor, de carinho e de reconhecimento, despertando em seu interior o bem que antes dormia
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