domingo, 9 de dezembro de 2012

Tributo ao advogado Rui Duarte!


Desde adolescente ouvia ressoar este nome: Rui Duarte. Advogado que impressionava pela sua presença, pelo seu jeito destemido de defender, por sua voz enérgica, forte e altiva, por seu olhar guerreiro, carismático, pronto para o combate.

Não viveu a advocacia mais ou menos, como um fraco, como um pusilânime, como um bajulador; era advogado independente, polêmico, interessante; interessante porque ninguém passava por ele com indiferença, ou admirava-o ou criticava-o; ele não era morno, sem luz, sem sal, apático.

 Tinha o jeito que o povo geralmente imagina de um advogado criminalista clássico: barbudo, sisudo, cigarro na boca, homem seguro de si. Ter Rui Duarte como advogado em uma causa era sinal que o seu cliente, estivesse onde estivesse, seria tratado com mais respeito, com mais consideração, por juizes, por delegados, por promotores, por autoridades em geral, por isso tantos o procuravam.

Dizem que mora no inconsciente daqueles que são levados a juízo o desejo de ser bem defendido, bem representado, e Rui era a imagem, para os que o conheciam, que saciava este desejo. Incorporava, como raros, o protótipo do advogado; era advogado não só no nome, era advogado autêntico, militante, e por ser assim, granjeou, por seus próprios méritos, um lugar dos mais destacados na história da advocacia acreana.

Nossa classe perde um grande profissional que merece todas as honras e apologias e tributos, que merece toda a nossa admiração, principalmente por ter nos ensinado, com o exemplo de sua rica e produtiva atuação profissional, que para ser advogado é preciso antes de tudo sentir essa profissão pulsando no coração; e assim era Rui, a própria expressão da advocacia pulsando a todo vapor no seu singular jeito de ser!

Nenhum comentário: