Costumamos estabelecer diferença entre persuasão e convencimento. E essa diferenciação é real, existe no vasto mundo da oratória. A persuasão liga-se aos sentimentos. Quem persuade conquista o coração de seus ouvintes. O convencimento vincula-se a razão. Quem convence conquista a mente de seus interlocutores.
Um importante segredo da oratória é saber trabalhar com o convencimento e com a persuasão, em equilíbrio, como as duas asas de um pássaro.
Mesmo nas situações onde os fatores emocionais preponderam, deve o advogado primeiro convencer, para depois aproveitar para persuadir. Convencer significa mostrar provas, expor suas razões, combater a dos adversários, com lógica, com racionalidade, com técnica jurídica.
A emoção tem importante força no processo oratórico, porém não pode ser confundida com sentimentalismos baratos, forjados, vazios, apelativos. Depois de conquistada a razão, fica mais fácil para o advogado conquistar a emoção dos jurados. Aí a vitória é certa.
3 comentários:
Dr. Sanderson,
Aprendi certa vez, que não se convence sem propriamente estar convencido. Em outras palavras, a primeira pessoa a quem precisamos convencer de nossos argumentos e nossas verdades, somos nós mesmos. Precisamos encontrar argumentos tão sólidos que nos permitam intimamente acreditar naquilo que defendemos. Não é difícil perceber quando alguém discursa desacreditando no que diz.
Assim, uma vez auto conquistado mente e coração, convencer ao próximo é apenas uma consequência.
Um abraço e que Deus continue te dando sabedoria.
Mauricio.
Caro Maurício
Visitei sua página e achei bem especial.
Está linkado no meu blog.
Abraços
Sanderson
Adorei e sei que quem sabe fazer o equilibrio desas asas ira‘ decolar e voar bem alto.
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