Conta-nos Rubem Nogueira, no raro livro O Advogado Rui Barbosa, que aos quinze anos de idade o moço já estava preparado para ingressar na Faculdade de Direito de Recife, no entanto, a legislação da época só permitia a entrada na universidade a partir dos dezesseis anos completos.
Alguém próximo à família cogitou em falsificar o documento do jovem para que ele não perdesse um ano sem estudar.
Ao saber disso o pai de Rui o chamou reservadamente e assim lhe aconselhou:
"Meu filho, não hás de começar a vida por uma falsidade".
E Rui respondeu: "Sim senhor, meu pai".
E assim Rui Barbosa foi forjado.
Honestidade na advocacia.
Honestidade na política.
Honestidade no jornalismo.
Foi a base de sua autoridade.
Um exemplo a inspirar a civilização brasileira.
Merece um quadro a enfeitar nossas paredes.
As paredes da nossa consciência.
Um comentário:
Temos tão bons exemplos a seguir na nossa história, pena que a maioria se limita a identificar-se com o que o brasileiro tem de pior: a mania de querer levar vantagem em tudo, considerar que isso é sinônimo de esperteza, um sinal para os vencedores.
Daí vem o "jeitinho" de burlar as regras, as leis e inverter valores.
Maria Clara
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